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Crianças que usam ecrãs à refeição estão mais propensas à obesidade

Estudo da Universidade do Minho envolveu 735 crianças do 1º ciclo e pede reforço na prevenção

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Um estudo da Universidade do Minho concluiu que as crianças que utilizam ecrãs durante as refeições estão mais propensas a um aumento de peso significativo. A investigação envolveu 735 crianças de 10 escolas do 1º ciclo no Norte de Portugal, entre os 6 e 10 anos de idade. Demostrou-se que aquelas que usavam regularmente smartphones, TV ou outros dispositivos audiovisuais às refeições tinham mais 15% de probabilidade de excesso de peso ou obesidade.

“As crianças não compreendem muitas vezes quando devem parar de comer ou quando estão saciadas, ou seja, continuam a comer só porque estão distraídas com os ecrãs, o que é perigoso para elas e mau para a sociedade”, explica a investigadora Ana Duarte, da Escola de Enfermagem da UMinho. “Andamos constantemente ocupados e parece nem haver tempo para nos sentarmos juntos numa refeição em família, mas os pais têm de saber que o tempo de uso de ecrãs à refeição é um problema muito grave”, sublinha.

Apresentação em Itália

Para Ana Duarte, os resultados podem até subestimar a questão, caso alguns pais não tenham admitido no estudo que permitem o acesso a ecrãs eletrónicos ao pequeno-almoço, almoço ou jantar. A investigadora acrescenta, noutros parâmetros avaliados na investigação, que as crianças cujos pais seguem a dieta mediterrânica têm uma menor probabilidade de sofrer de excesso de peso/obesidade. O mesmo sucede com crianças que estão mais tempo em família, que têm pais fisicamente ativos ou que têm hábitos saudáveis do deitar e da duração do sono. A cientista propõe assim o reforço da literacia e das políticas de saúde, nomeadamente junto de professores, escolas e famílias.

A investigação foi apresentada esta semana no Congresso Europeu sobre Obesidade, em Veneza, Itália. O trabalho envolveu, ainda, Juliana Martins, Maria José Silva, Cláudia Augusto, Cristiana Lopes, Rafaela Rosário, todas da ESE-UMinho, Filomena Magalhães, do Centro de Investigação em Estudos da Criança da UMinho, e Silvana Martins, do ProChild – Laboratório Colaborativo Contra a Pobreza e a Exclusão Social.

Resultados divulgados hoje

O estudo insere-se no projeto científico BeE-school, que promove a literacia e os estilos de vida saudáveis em escolas vulneráveis e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tem a coordenação de Rafaela Rosário e junta também outros investigadores como Beatriz Pereira, Paulo Novais e Henedina Antunes.

Os resultados provisórios do BeE-School vão ser divulgados esta sexta-feira, das 16h00 às 17h30, no webinar “Saúde pública hoje e no futuro: priorizando as crianças e a escola”. A sessão é em parceria com a Rede Casas do Conhecimento e no âmbito da Semana Europeia da Saúde Pública. Apesar dos esforços globais nos últimos vinte anos para combater a obesidade infantil, o cenário persiste no mundo ocidental e pode conduzir mais tarde a problemas como diabetes e hipertensão arterial, agravando também os custos nos sistemas de saúde.

Foto: DR.

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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados

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A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.

A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.

Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.

Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse. 

Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.

Foto: PSP.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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