Atualidade
Barcelos: Museu de Olaria recebe exposição “O Atelier sem o seu artista: uma ode a Francisco Félix”
Patente na Sala da Capela até 31 de março
A Sala da Capela do Museu de Olaria vai receber, de 10 de janeiro a 31 de março, a exposição “O Atelier sem o seu artista: uma ode a Francisco Félix”.
Francisco Félix (1933-2021) foi uma figura multifacetada, autor conhecido por criar peças de artesanato únicas. Dedicou-se a produzir diversas peças de decoração, nomeadamente o Galo de bico aberto, tão característico, mas também os coretos, os músicos, os presépios, e as estatuetas.
A presente exposição faz uma retrospetiva do ateliê, da obra, e o que ficou por terminar de uma vida toda dedicada à arte, através das imagens capturadas por João Falcão, nos últimos dois anos, após a partida de Francisco, seu avô.
Cada imagem revela as peças inacabadas, os espaços agora vazios, os utensílios que ainda guardam a sua marca, e até o par de sapatos com que trabalhava e que permanece como um eco silencioso da sua presença. A exposição leva-nos a conhecer as peças que compõem o seu legado, cada obra é mais do que argila moldada; é a expressão da criatividade de Francisco Félix que transcende o tempo e a ausência física.
No coração da exposição, encontramos as peças que Francisco deixou por concluir. São promessas por cumprir, formas que aguardam a transformação no calor do forno.
O Atelier sem o seu Artista” é mais do que uma mostra de arte, é uma celebração do processo criativo que transcende a vida de Francisco Félix.
Pode visitar a exposição de terça-feira a sexta-feira, das 10h00 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
Biografia
Francisco Esteves Araújo, conhecido como Francisco Félix, nasceu em Galegos Santa Maria, Barcelos, a 5 de dezembro de 1933, sendo o terceiro de dez filhos.
Era filho de Félix da Costa Araújo e de Maria de Jesus Esteves e afilhado de batismo do mestre oleiro, Francisco de Sousa (Francisco do Monte), de Areias de S. Vicente, Barcelos.
Francisco Félix cresceu numa família com tradição na cerâmica e acompanhou, desde muito novo, os seus pais na produção e venda de cerâmica em feiras por todo o país, nomeadamente nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro e nas Beiras. O facto de ter passado grandes temporadas fora deu-lhe a oportunidade de conhecer diferentes realidades e desenvolver uma perspetiva única, distinta da dos seus conterrâneos.
Aos 26 anos, casou-se com Maria Zulmira Fonseca Falcão e estabeleceu a sua própria oficina no lugar de Aldeia, em Galegos Santa Maria. Foi aqui que criou diversas peças, incluindo o seu distinto “Galo de bico aberto”. Posteriormente, e devido ao falecimento do seu sogro, trabalhou na fábrica familiar “Sociedade Decorativa de Louças de Barcelos, Lda.” em Manhente, que se dedicava ao fabrico e venda de cerâmica decorativa para todo o país e para exportação. Durante esse período, Francisco tornou-se responsável pela produção de peças decorativas, nomeadamente a modelagem, e pelo fabrico dos moldes, colaborando com diversos artistas nacionais e da Galiza, sendo muito procurado para concretizar os esboços de peças desses mesmos artistas.
Nos seus raros tempos livres, dedicava-se ao artesanato, especialmente à roda, produzindo “caretos” e cabeçudos. Quando se aposentou, criou o seu próprio ateliê, onde continuou a criar peças únicas. Com a ajuda da sua esposa, especialista em pintura, dedicou-se então à produção de peças de decoração, nomeadamente o Galo de bico aberto, tão característico, mas também os coretos, os músicos, os presépios, e as estatuetas. Também, desde essa altura, utilizou o vidrado, nomeadamente em peças utilitárias, técnica que aprendeu enquanto muito jovem, na casa da sua avó paterna.
Mais tarde, e por solicitação da Câmara Municipal de Barcelos, fez vários workshops de pintura cerâmica para turistas e visitantes da cidade, nas instalações dos Serviços de Turismo.
Por todo o trabalho realizado em prol do artesanato de Barcelos, a Câmara Municipal prestou-lhe homenagem postumamente.
“Francisco Félix foi, sem dúvida, um artesão talentoso, que contribuiu significativamente para a promoção e preservação da tradição figurativa em Barcelos, tendo colaborado com outros artistas e deixado um legado duradouro no mundo do artesanato”, afirma o Município de Barcelos.
Imagem: CMB.
Atualidade
PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados
A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.
A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.
Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.
Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse.
Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.
Foto: PSP.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon
O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
Atualidade
Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026
A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
-
Atualidade3 anos atrásAgrária de Coimbra promove 9ª Edição do Curso de Fogo Controlado
-
Atualidade4 anos atrásLisboa: Leilão de Perdidos e Achados da PSP realiza-se a 08 de maio
-
Atualidade4 anos atrásCoimbra: PSP faz duas detenções
-
Atualidade3 anos atrásGuerra pode causar um ecocídio na Ucrânia
-
Atualidade3 anos atrásVisto CPLP não permite a circulação como turista na União Europeia
-
Atualidade4 anos atrásSanta Marta de Penaguião coloca passadeiras 3D para aumentar a segurança rodoviária
-
Atualidade9 meses atrásBarcelos: Município lança Cartão Jovem no decorrer do 1º Fórum da Juventude
-
Atualidade4 anos atrásCLIPSAS: Maçonaria Mundial reúne-se em Lisboa

Mulher
Janeiro 10, 2024 at 5:12 pm
A Olaria faz parte da nossa cultura.
O artesanato português deve de ser mais divulgado e valorizado.
Existem muitos artistas e obras para descobrir…