Atualidade
Seleções Nacionais de Voleibol com “novos” treinadores
João José (Seniores Masculinos) e Hugo Silva (Seniores Femininos)
Numa decisão estratégica, a Federação Portuguesa de Voleibol falou com os elementos das equipas técnicas das seleções nacionais de seniores e ficou decidido que João José e Manuel Silva serão, a partir de agora, respetivamente, Treinador Nacional e Treinador Adjunto da Seleção Nacional de Seniores Masculinos, enquanto a equipa técnica da Seleção Nacional de Seniores Femininos será formada por Hugo Silva e Filipe Vitó.
Conheça um pouco mais sobre os objetivos e pensamentos de Hugo Silva e João José:
A equipa técnica liderada por Hugo Silva protagonizará, porventura, a mudança mais radical. Que comentário lhe merece esta decisão?
O facto de me terem pedido, a mim e a toda a estrutura técnica que durante quase 10 anos esteve comigo no masculino, para transpor para o Voleibol feminino todo o trabalho por nós realizado no masculino, vai no sentido de possibilitar à Seleção Nacional de Seniores Femininos que atinja o nível internacional que ainda não conquistou. A par disto, acho que era altura de uma mudança, pois 10 anos provocam um certo desgaste que em nada ajuda no máximo rendimento de um grupo que quer continuar no topo. Por tudo isto, creio que foi a melhor decisão que se tomou.
Como vê o regresso aos treinos de uma equipa (seleção) de femininos, sendo que o Hugo Silva começou a sua carreira de treinador no escalão de seniores femininos?
Sinceramente, acho que o desafio que me foi agora colocado veio na melhor altura, isto porque senti que já não seria capaz de continuar a desafiar o grupo a atingir objetivos ainda mais ambiciosos. Desafiante para mim, após tanto tempo no masculino, seria lutar por um título europeu e isso todos nós sabemos que isso não é possível concretizar. Desta forma, no horizonte estaria novamente lutar pelos mesmos objetivos dos últimos anos, o que é pouco desafiante neste momento. Apesar de ser no feminino, para mim é de Voleibol que se trata e existem poucas diferenças. É verdade que vou para um nível competitivo bem mais baixo, mas o desafio reside aí mesmo, o que nos motiva a tentar deixar algo de positivo, tal como fizemos no masculino. Trata-se assim um regresso ao Voleibol feminino bem ponderado e, quem me conhece, conseguiu desafiar-me no momento certo para assim ter sido fácil a decisão.
Que balanço faz da participação nas competições da época passada?
O balanço que faço é muito positivo. Foram anos de muito sucesso, felizmente. Só treinando muito foi possível podermos chegar às grandes competições e sermos capazes de lutar pelos melhores resultados. Vai ser fundamental este grupo de trabalho da Seleção de femininos treinar ainda mais, mas acima de tudo, já na Liga Lidl jogarem ainda mais do que jogam. Se fosse eu a decidir, teria colocado jogos a meio da semana ou, caso isso não fosse possível, fazer ainda mais jornadas duplas para assim todas estas jogadoras poderem chegar ao alto nível e dar a melhor resposta às competições de 4 e 5 jogos em 6 dias.
No masculino, o segredo dos resultados históricos é que só foram possíveis quando a carga de treinos e o número de jogos foram os mais elevados. Só assim foi possível escrever as páginas de história que deixámos no Voleibol nacional. Ninguém chega a uma Final Four da European Golden League, consegue deixar o seu nome gravado na conquista da primeira Challenger Cup, disputar uma Liga das Nações, onde só estão as melhores seleções mundiais, e atingir duas finais do Campeonato da Europa consecutivas e a qualificação para os oitavos de final de um Europeu treinando pouco e jogando apenas uma vez por semana.
Enquanto treinador, como vê o modelo do campeonato em Portugal?
Eu sou muito crítico em relação ao mesmo, pois joga-se pouco. Nos principais campeonatos da Europa, há muito tempo que jogam a meio da semana e disputam mais um ou dois jogos ao fim de semana. Assim, vai ser difícil evoluirmos, se não dermos o passo necessário a este nível. Por outro lado, tenho conhecimento de que a Federação está a preparar uma proposta para ser discutida com os clubes e que, à imagem do que já acontece noutras modalidades em Portugal, privilegia regras em relação à obrigatoriedade de colocar em campo atletas formadas em Portugal para, assim, potenciar mais os jogadores e jogadoras portugueses. No fundo, foi isso que aconteceu em Itália, a mesma Itália que foi campeã europeia recentemente e fruto dessa regra. De resto, acho que o feminino tem tudo para, e muito em breve, ultrapassar o nível competitivo do masculino, bem como a atenção dos media e dos patrocinadores, até porque já tem os três principais clubes portugueses na modalidade.
Por outro lado, também continuo a achar que quem puder sair para outros campeonatos a curto prazo vai crescer e, dessa forma, trazer mais qualidade às nossas seleções. Foi assim que aconteceu no passado no masculino, bem como é por demais evidente que os jogadores que hoje jogam lá fora são os que aparecem em melhores condições competitivas.
Objetivos para a próxima época?
Querem o Hugo Silva para alavancar o Voleibol feminino, mas o Selecionador não faz milagres! As únicas que podem fazer milagres são as atletas que irão representar a nossa Seleção nas próximas competições. E o salto que o Voleibol feminino poderá dar – que no meu ponto de vista se centra numa mudança de mentalidade – está nas mãos delas e nós estaremos ali apenas para lhes mostramos o melhor caminho.
Quem me conhece, sabe que sou muito competitivo e quero ganhar tudo, mas também preciso de sentir o grupo de trabalho em sintonia com o nível de exigência e ambição a que estou habituado. Se assim for, iremos lutar pela vitória na Silver League e colocar a Seleção Nacional na final de um Europeu. Relativamente aos Jogos do Mediterrâneo, creio que poderão ser decisivos na preparação de um bom Europeu.
No caso de João José [Ndr: foto de destaque], será o regresso a uma Seleção onde deixou uma enorme marca como capitão de equipa.
O facto de a equipa técnica passar a ser formada por dois ex-jogadores internacionais, que tinham grande peso no grupo de trabalho, poderá trazer mais-valias à Seleção e, eventualmente, mais ambição?
Não sei se é uma mais-valia, mas certamente vamos utilizar, umas vezes de forma consciente, outras nem por isso, o conhecimento internacional que adquirimos ao serviço da Seleção para que, juntamente com o conhecimento já adquirido como treinadores, possamos ajudar a Seleção Nacional de Seniores Masculinos a atingir os objetivos que tanto ambicionam.
Que balanço faz da participação nas competições da época passada?
Tendo em consideração que o tempo de preparação iria ser muito reduzido e o processo de renovação que iríamos iniciar, tínhamos consciência que poderíamos ter os objetivos desportivos comprometidos. Apostamos, então, na construção do grupo de trabalho e definimos o trabalho no sentido de uma melhoria progressiva ao longo do tempo e preparamo-nos para uma maratona.
Mas isto são apenas alguns dos constrangimentos dos trabalhos de Seleção, por vezes há pouco tempo para preparar a competição e quando a competição chega, chega com um volume elevado de jogos como aconteceu este ano: três jogos por fim de semana para a qualificação do Europeu, seguida da Silver League em que disputámos seis jogos em sete dias e onde nos apurámos para a Final Four e disputámos mais dois jogos na semana seguinte.
As épocas desportivas são longas e os melhores ainda têm de continuar nas seleções em representação do seu país, muitos são os atletas que trabalham e ambicionam, mas poucos ficam no grupo final. Conseguir aguentar o volume de trabalho, de jogos e da pressão competitiva está apenas ao alcance daqueles que para além do talento desportivo têm a capacidade de se superar perante as dificuldades que lhes são apresentadas. Apesar de, pessoalmente, achar que em termos desportivos podíamos ter feito mais, pois acho que sentimos, quer as atletas, quer a equipa técnica, que podíamos ter feito melhor na Final Four da Silver League, todas elas foram umas superatletas ao conseguirem sair em primeiro lugar da fase de grupos com seis jogos em sete dias.
Como treinador, como vê o modelo do campeonato em Portugal?
É tudo uma questão de perspetiva. Esta época, e tanto na Liga Una Seguros como na Liga Lidl, há equipas novas que subiram à custa de grande ambição, determinação e trabalho de muitas pessoas para que isso fosse possível, e que estão a dar grandes oportunidades a jovens jogadores e jogadoras portugueses. Não sei se o campeonato está mais competitivo, mas deu oportunidade a que novas equipas possam disputar as divisões principais e passou a haver mais procura de atletas jovens portugueses. As equipas com mais capacidade financeira ou ambição desportiva continuam a contratar estrangeiros como sempre fizeram e aqueles que não o podem fazer estão à procura de reforçar as equipas com atletas portugueses e se possível ainda em idades jovens.
Objetivos para a próxima época?
Temos a fasquia elevada por boas razões, pois estivemos presentes nas duas últimas edições do EuroVollley, pelo que, em termos de objetivos desportivos, queremos estar novamente na fase final do Europeu e da Golden League, mas temos que ter expectativas realistas pois há um caminho que antes temos de percorrer.
Fonte e fotos: FPV.
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Viana do Castelo: Requalificação do Largo do Montinho melhora acessibilidades e segurança de Mujães
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou, este domingo, presença na cerimónia de inauguração da requalificação do Largo do Montinho, em Mujães. A empreitada contou com o apoio do município vianense e permitiu melhorar as acessibilidades e dar mais segurança à população local.
No local, foi ainda descerrada uma placa de homenagem a Jorge Faria Torres, benemérito da freguesia, momento que contou com a presença da família.
Luís Nobre destacou a homenagem a Jorge Faria Torres (1890-1965), que se distinguiu “pela vontade de querer vencer” e por sintetizar “Portugal e os portugueses” ao ter sido um emigrante que se distinguiu nas mais diversas áreas, enquanto empreendedor de referência, mas sem nunca esquecer as origens.
“Regressou sempre a Mujães com vontade de partilhar o seu sucesso”, frisou o autarca.
O Presidente da Junta de Freguesia de Mujães, José Oliveira, considerou que o largo está agora “requalificado e digno”, após um investimento de praticamente 32 mil euros, agradecendo aos proprietários que cederam espaço para que esta empreitada fosse possível, “melhorando as condições de segurança para todos” e “desbloqueando uma situação que se arrastava há vários anos”.
“Este era um local que não correspondia às necessidades dos moradores da rua e do lugar”, assumiu o autarca local, realçando que a requalificação do Largo do Montinho permite “a melhoria de acessos, melhoria de mobilidade e de estacionamento” no espaço público.
José Oliveira explicou, ainda, que a homenagem a Jorge Faria Torres é um símbolo de “progresso e cuidado” pelo facto de o benemérito ter “passado a vida a pensar e a melhorar a freguesia”.
“Era um visionário que trabalhou sempre em prol de Mujães. Contribuiu quase na totalidade para o projeto de eletrificação da freguesia, entre muito mais”, explicou o Presidente da Junta.
Foto: CMVC.
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Três detenções em operação de prevenção criminal desenvolvida na cidade de Viana do Castelo
O Dispositivo da Polícia de Segurança Pública do Comando Distrital de Viana do Castelo, através do efetivo da 1ª Esquadra de Viana do Castelo, Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial, Esquadra de Trânsito e Esquadra de Investigação Criminal, durante o fim de semana, desenvolveu mais uma operação policial que teve como objetivo a prevenção e combate à criminalidade assim como a fiscalização rodoviária e fiscalização em estabelecimentos de forma a promover a segurança, ordem e tranquilidade pública e de reforço do sentimento de segurança dos cidadãos, na sua área de jurisdição.
Da operação desenvolvida resultaram duas detenções por tráfico de estupefacientes e uma por desobediência qualificada.
A PSP efetuou as seguintes apreensões: Ecstasy suficiente para cerca de 81 doses individuais; Haxixe suficiente para cerca de 41 doses individuais; quantidade diminuta de estupefaciente denominado Liamba; 01 arma branca (navalha); e 03 cartas de condução.
Quanto a viaturas controladas por radar (velocidade), das 7457 viaturas controladas, 64 encontravam-se a circular em excesso de velocidade.
Foram elaborados Autos de Notícia por contraordenação (ANCO), nomeadamente, 69 por infrações verificadas ao Código da Estrada e demais legislação rodoviária, de que se destacam 64 infrações por condução com excesso de velocidade; 01 ANCO no âmbito da legislação que regula o funcionamento da atividade de segurança privada; e 01 ANCO no âmbito da fiscalização de estabelecimentos de restauração e bebidas.
Os detidos foram notificados para comparecerem junto das Autoridades Judiciárias.
Foto: PSP.
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Barcelos: “Prendas para Todos”, da Intensify World, com mais de mil crianças já apoiadas
A Intensify World, associação de Barcelos, sedeada na freguesia de Macieira de Rates, celebrou mais uma edição da iniciativa solidária “Prendas para Todos”, que este ano ajudou 212 crianças em situação de vulnerabilidade, consolidando um impacto que já ultrapassa as 1.000 crianças abrangidas nos últimos quatro anos.
Como funciona a iniciativa?
A entidade identifica crianças em situações vulneráveis em colaboração com instituições e serviços sociais; divulga uma lista online com as informações necessárias para que cada criança possa ser apadrinhada; promove uma campanha para angariar padrinhos solidários dispostos a oferecer prendas personalizadas para as crianças; por fim, os padrinhos entregam as prendas à Intensify World.
De seguida, a Intensify World organiza e distribui os presentes diretamente para as crianças, garantindo que cada uma receba o presente e tenha um Natal feliz.
“Este feito foi possível graças à generosidade de inúmeros padrinhos e madrinhas que, com o seu apoio incondicional, garantiram que cada criança tivesse um Natal especial. A Intensify World agradece profundamente a cada um que contribuiu com carinho e solidariedade, tornando esta iniciativa um verdadeiro sucesso”, sublinha a associação em nota.
Um dos pontos altos desta edição foi a campanha de recolha de Pais Natais de chocolate, coordenada pela Liliana Pereira. Através do esforço coletivo da comunidade, foram angariados mais de 600 Pais Natais de chocolate, que foram distribuídos às crianças, adicionando um toque de doçura às celebrações natalinas. Esta iniciativa foi um sucesso graças à participação de centenas de pessoas a nível individual e de várias empresas do concelho de Barcelos (AC Formação Consulting, Restaurante Gosto Muito, Vianainox, Servifios Padel Center, Bar-Celos, Mini Mercado Zinha, Oculista Santos, Cobertura Excelente, Oficina Momeself, Diamante Solar e Sunwable, Barcelpet, Best Print Estamparia Têxtil, CreativeTextil Solutions e Outono Azul)
“Desde o seu início, a ‘Prendas para Todos’ tem sido um exemplo de como pequenas ações de solidariedade podem transformar vidas. Este ano, mais uma vez, a campanha mostrou que juntos somos mais fortes, criando momentos de alegria e esperança para quem mais precisa. A Intensify World deixa o seu sincero agradecimento a todos os envolvidos – padrinhos, madrinhas, voluntários, empresas e à comunidade em geral – por demonstrarem que o espírito natalício é feito de união e partilha. Aos parceiros e aos pontos de recolha e organização logística de prendas nesta fotografia representados pela Junta de Freguesia de Macieira de Rates, Ginásio Body & Mind e AC Formação Consulting– por demonstrarem que o espírito natalício é feito de união e partilha e por tornarem este sonho possível”, refere a associação.
“Neste Natal mostrou-se, mais uma vez, o poder da união e da solidariedade. Juntos, fizemos a diferença na vida de centenas de crianças, trazendo-lhes alegria e esperança. Quero agradecer profundamente a todos os padrinhos, madrinhas, voluntários e parceiros que tornaram este sonho possível. É graças a cada um de vocês que continuamos a acreditar num mundo mais justo e solidário”, sublinha Luís Dias, presidente da Intensify World.
Foto: IW.
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