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Galandum Galundaina com 20 instrumentos em palco para divulgar tradição e modernidade em Mirandês

Próximo concerto do FIMUV leva a Santa Maria da Feira a segunda língua oficial portuguesa

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Em palco com mais de 20 instrumentos, os quatros músicos da reputada banda Galandum Galundaina sobem ao palco, esta sexta-feira, para um concerto com entrada livre no 45º FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão. Histórias e sons tradicionais do território onde se fala a segunda língua oficial portuguesa vão dar-se a conhecer nos arranjos contemporâneos permitidos pela experiência de uma carreira de 26 anos sempre dedicada à defesa do património musical da Terra de Miranda e à promoção do Mirandês. Assistir a este espetáculo é, nessa perspetiva, um dever cultural – brindado com histórias de amor, canções de trabalho nos campos, timbres transmontanos, gaitas de foles, muito ritmo e vivacidade.

A 45ª edição do FIMUV apresenta o espetáculo esta sexta-feira à noite, no auditório do CiRAC, que é a entidade que organiza o evento. O espetáculo vai combinar sonoridades tradicionais do cancioneiro local com arranjos musicais contemporâneos, apresentando temas dos álbuns “Senhor Galandum” e “Quatrada” num registo apelativo e vibrante que não é dissociável do carisma expresso em canções de títulos tão sugestivos como “Fraile Cornudo”, “Nabos” e “Coquelhada Marralheira”.

João Pratas é um dos elementos do grupo, toca saltério e flauta de osso, entre outros instrumentos, e defende que esta folk transmontana tem um lugar próprio nos eventos de música erudita. “Poucos serão os músicos que não têm interesse em cruzar os seus ambientes sonoros com outros timbres e formas musicais”, argumenta, a pensar na grande percentagem de profissionais e estudantes de música que compõe a plateia típica do festival. “Essa interseção traz à música um caráter universal, permitindo-lhe ser a única linguagem verdadeiramente global”.

A divulgação do cancioneiro mirandês no FIMUV constitui, aliás, um exemplo de quanto a preservação das raízes culturais portuguesas beneficia com esse tipo de certame, cuja influência na disseminação de património imaterial chega a ultrapassa a exercida pelas estruturas do Estado. “Falando sobretudo da Terra de Miranda, enquanto região que faz parte do imenso interior do país, é necessário olhar para o território de uma forma mais harmoniosa, estimulando o desenvolvimento, a descentralização e a democratização do acesso à cultura”, diz Paulo Meirinhos, especialista no realejo e no pandeiro mirandês. “São as desigualdades causadas pela enorme assimetria entre litoral e interior, numa visão centralista que teima em persistir, que têm acelerado o processo de desertificação humana da Terra de Miranda e de outras regiões periféricas à capital”.

Entre instrumentos como a caixa de guerra e o cântaro, Alexandre Meirinhos alerta que essas desigualdades poderão acentuar-se ainda mais na conjuntura atual. “Fenómenos como a guerra e a inflação trazem incerteza e, invariavelmente, pioram as condições de vida”, afirma. “Com o devido receio e apreensão por estas circunstâncias, esperamos que se possa rapidamente estabelecer um clima de paz e de prosperidade, assente no respeito mútuo e na diversidade cultural – que é maior riqueza da vida humana”. 

Musicalidade da “gaita mirandesa” suportada por investigação

Preservada desde períodos anteriores à constituição de Portugal, muito devido ao isolamento geográfico da Terra de Miranda, que assim facilitou, ao longo dos séculos, a transmissão de conhecimento e saberes entre sucessivas gerações da comunidade local, a cultura mirandesa tem na gaita-de-foles um dos seus maiores símbolos. Paulo Preto é um dos elementos da banda que executa esse instrumento, juntamente com a doçaina e a sanfona, entre outros, e revela que o mesmo foi sujeito a um projeto de investigação que contou com a participação dos Galandum Galundaina e de outros especialistas portugueses e espanhóis ligados ao estudo da música. Esse trabalho “conduziu à padronização da gaita de fuolhes, permitindo a sua prática, de forma coletiva, e generalizando o seu ensino”, pelo que, nos últimos anos, o grupo tem assistido “com grande satisfação ao crescente número de gaiteiros e ao desenvolvimento do próprio instrumento, não só ao nível da excelência de interpretação, mas também no que se refere à sua diversificação e inclusão em diferentes ensembles”.

O profundo conhecimento que o grupo detém sobre o património musical mirandês expressa-se no que os seus quatro músicos definem como “uma narrativa ritmada, consistente, enérgica e progressiva, suportada em instrumentos tradicionais e na criação ou recriação de temas do cancioneiro tradicional e do saber popular dos mais antigos, mas também adaptada à contemporaneidade” exigida por públicos de todo o mundo.

É por todo esse empenho que, na sexta-feira, o palco do FIMUV deixará patente o sentido de missão de um projeto artístico com fins pedagógicos e sociais urgentes. “Uma das leis universais da natureza é que os seres vivos morrem”, começa por explicar Paulo Preto. “A Terra de Miranda é uma região muito rica em tradições e saberes, que também se traduzem num vasto repertório musical onde cabem romances, canções de amor, composições de influência religiosa, lhaços e outras formas musicais com que se animavam as festas, os serões, os momentos solenes e também os de trabalho, maioritariamente ligados ao mundo rural, à agricultura e ao tempo natural trazido pelas quatro estações. Essa sociedade, contudo, já não existe na atualidade”, complementam Paulo e Alexandre Meirinhos. Preservar essa memória e identidade é, então, prioritário. “A emigração dos mais novos e o rápido envelhecimento dos que viveram nessa época e guardam esses saberes é uma das maiores dificuldades que se colocam à preservação deste património”, remata João Pratas. “Mas também é uma das maiores motivações do nosso trabalho, porque ver gente que canta e toca os temas que temos vindo a apresentar ao público é algo que nos enche de orgulho”.

Foto: DR.

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Câmara de Barcelos inaugura troço urbano da Ecovia

Centenas de pessoas participaram na caminhada

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“A inauguração deste troço urbano da Ecovia do Cávado, em Barcelos, representa um marco muito significativo no desenvolvimento sustentável da cidade, um marco que inicia uma nova relação entre os munícipes e o ambiente natural”. Foi assim que o Presidente da Câmara, Mário Constantino Lopes, se expressou no ato inaugural do Troço Urbano da Ecovia do Cávado, que se desenvolve num percurso de 2.300 metros, entre a Ponte Ferroviária e o lugar de Souto dos Burros, na margem esquerda do rio.

Perante centenas de pessoas, que se reuniram no átrio da sede da Junta de Barcelinhos (e que depois participaram na caminhada pela ecovia), Mário Constantino Lopes vincou a sua satisfação por “cumprir mais um compromisso eleitoral”, salientando que “esta obra faz parte de um plano muito mais alargado de valorização do Rio Cávado e da dinamização das suas Frentes Ribeirinhas”. O autarca evidenciou que o objetivo do Município é, através do desenvolvimento do MasterPlan, “aproximar as pessoas do rio, potenciar a fruição das margens e dos futuros parques fluviais, incentivar o recreio, o lazer, o convívio e a atividade física”, tendo, para esse efeito comprado já os terrenos dos Norton e dos Vessadas. No horizonte, estão os projetos que farão ligar este troço urbano da ecovia aos concelhos de Esposende e de Braga.

O presidente aproveitou a ocasião para agradecer o trabalho e a colaboração de várias entidades e pessoas, entre os quais o autor do projeto, a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e os serviços municipais.

Ministro José Manuel Fernandes saúda trabalho da Câmara Municipal

Convidado para presidir à inauguração oficial da ecovia urbana de Barcelos, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, deixou palavras elogiosas ao “trabalho que o presidente da Câmara tem feito à frente dos destinos do concelho”, sublinhando a “ação competente e a visão do Município no desenvolvimento do concelho”, através da potenciação dos recursos naturais do território. O governante acentuou o trabalho que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem efetuado, apelando à rapidez processual e à desburocratização de procedimentos.

Fazendo alusão aos recursos naturais, ao ambiente e à agricultura, José Manuel Fernandes vincou a importância desta trilogia no desenvolvimento sustentado da economia, da potenciação dos recursos paisagísticos e do aproveitamento para atividades de lazer e desporto ao ar livre.

Antes destas intervenções, o Presidente da Junta de Barcelinhos, José Rui Peixoto, deu as boas-vindas a todos os participantes, e fez questão de agradecer ao município pela execução de uma obra tão importante, não só para Barcelinhos como para todo o Concelho.

Logo após o autor do projeto, arquiteto Bruno Costa, apresentou as especificidades da ecovia de Barcelos, sendo complementado pelo presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Eng. Pimenta Machado, que salientou a importância de, no médio prazo, a ecovia fazer a “ligação do mar até ao Gerês”. Sublinhado que o trabalho que a Câmara de Barcelos está a fazer é muito importante para “voltar a cidade para o rio”, aquele responsável deixou a promessa de que a APA está e vai continuar a colaborar com o Município de Barcelos, no projeto de requalificação das frentes ribeirinhas e parques fluviais.

Troço Urbano da Ecovia do Cávado

Desenvolve-se entre a Ponte de Ferro (a montante da ponte medieval) e o lugar do Souto dos Burros, num troço de 2.300 metros. A obra teve um custo de 1 milhão e 278 mil euros, sendo financiada pelo FEDER no valor de 827 mil euros.

O troço agora inaugurado desenvolve-se na margem esquerda do rio e insere-se no projeto “Ecovia do Rio Cávado entre Fornelos e Pousa”, que depois de concluído terá numa extensão de mais de 22 quilómetros. Faz parte de um projeto mais global que após estar completamente executado ligará o litoral (Esposende) ao Parque nacional da Peneda Gerês.

Este tipo de intervenções visam a promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para uma mobilidade sustentável.

Foto: CMB.

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Barcelos recebe gala dos Prémios do Teatro Amador Europeu

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A gala dedicada às artes cénicas promete trazer o melhor do teatro amador europeu a Portugal. A entrega dos galardões decorre este sábado, 29 de março, pelas 21h30, no Theatro Gil Vicente, em Barcelos, e contará, com o espetáculo de teatro internacional, a ‘A Felicidade Roubada’ da companhia Malanka Theater, vinda da Ucrânia, além da festa dos premiados em três categorias: Melhor Texto Original, Melhor Projeto Artístico e Melhores Causas Teatrais.

As estatuetas do busto de Gil Vicente, esculpidas pelo conhecido artista barcelense Joaquim Esteves, serão atribuídas pelo Teatro de Balugas, naquela que será a primeira edição dos prémios, afirmando o diretor da companhia, Cândido Sobreiro, que “esta cerimónia foi especialmente criada para celebrar a originalidade, a criatividade e o compromisso no teatro amador na Europa”.

Os bilhetes estão à venda em https://gilvicente.bol.pt/ ou na bilheteira do teatro em Barcelos.

Imagem: DR.

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Cascais e Sintra: Quatro detidos pelos crimes de ofensas à integridade física qualificada e dois por tráfico de estupefacientes

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Cascais, no dia 19 de março, pelas 07h00, na sequência de uma investigação relacionada com a prática de um crime de ofensas à integridade física qualificada, nos concelhos de Cascais e Sintra, deu cumprimento a cinco Mandados de Busca e apreensão domiciliária e deteve através de Mandados de Detenção fora de flagrante delito emitidos por Autoridade Judiciária, quatro homens, com idades compreendidas entre 17 e 19 anos de idade.

A investigação realizada pela PSP abrangeu um inquérito, dirigido pelo Ministério Público de Cascais, da Comarca de Lisboa Oeste, referente a um crime de ofensas à integridade física qualificada e de um crime de gravações e fotografias ilícitas, praticados no dia 20 de dezembro, junto de um estabelecimento de ensino, no concelho de Cascais.

As ofensas provocadas e que revelaram especial censurabilidade e perversidade, tiveram como vítima um jovem menor de 14 anos, por este ter partilhado um story no seu perfil de uma rede social, que era acompanhada com uma música com letra de teor negativo entre residentes de bairros do concelho.

A vítima foi agredida com socos na face, pontapés na barriga e vários pontapés por todo o corpo, atingindo-o principalmente na cabeça, face e tronco, fazendo com que o mesmo perdesse a consciência. Um dos suspeitos, com recurso ao seu telemóvel gravou um vídeo do episódio de todas as agressões provocadas à vítima.

Na sequência das agressões, a vítima foi transportada de urgência para o Hospital de Cascais, onde ficou internado, sendo depois transferido para o Hospital São Francisco Xavier, onde foi sujeito a cirurgia ao nariz.

Os suspeitos provocaram, ainda, à vítima vários hematomas e equimoses, especialmente na face, bem como uma fratura dos ossos próprios do nariz e da apófise frontal esquerda, várias fraturas no maxilar esquerdo e fratura dos dois dentes frontais.

Das buscas domiciliárias realizadas, apreenderam-se seis telemóveis e uma catana de grandes dimensões, com 46 cm de lâmina. Do exame pericial aos telemóveis apreendidos, logrou-se recolher o vídeo do episódio de todas as agressões provocadas à vítima.

No decurso das buscas efetivadas, procedeu-se ainda à detenção de dois homens de 29 e 49 anos, por serem suspeitos da prática do crime de tráfico de estupefacientes, os quais tinham na sua posse 358,34 doses individuais de haxixe; e 149,20 doses individuais de cocaína.

“Com as detenções realizadas, a PSP visou não só a obtenção de meios de prova, mas não menos importante, devolver e fomentar o sentimento de tranquilidade e segurança pública ao Concelho de Cascais”, referiu a força policial.

Os detidos foram presentes em 1.º interrogatório judicial de arguido detido no Tribunal de Instrução Criminal de Cascais, sendo aplicada a medida de coação de prisão preventiva a dois deles e de proibições e imposições aos outros dois.

No que concerne aos detidos por tráfico de estupefacientes, os mesmos ficaram com a medida de coação de apresentações periódicas.

Foto: PSP.

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