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Atualidade

Universidade do Minho lança balão estratosférico para contar radiação em altitude

Projeto do LIP-Minho/ECUM sai amanhã, pelas 10h30, da Escola Secundária Benjamim Salgado (Famalicão) e deve chegar aos 40 km de altitude

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A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), através do polo do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP-Minho), assinala o Dia Mundial da Criança, a 1 de junho, com uma iniciativa diferente: o lançamento de um balão estratosférico, que vai fazer medições da radiação em altitude. O momento está agendado para as 10h30, na Escola Secundária Padre Benjamim Salgado (ESPBS), em Joane, Famalicão.

O dispositivo possui sensores que medem a temperatura, a pressão atmosférica e um módulo que recebe sinal de satélites de GPS, entre outros aspetos. O projeto começou a ser desenvolvido em 2019, em colaboração com a ESPBS, parou devido à pandemia de COVID-19, mas vai ser agora concretizado, pela mão de 29 alunos do 12º ano de Física daquela escola.

A iniciativa teve duas etapas: a primeira, da responsabilidade da escola e do Instituto Superior Técnico, consistiu na aquisição do balão e no planeamento da rota; a segunda coube ao LIP-Minho e abrangeu a criação do aparato experimental, com um sistema de GPS, que será colocado dentro de uma caixa e içado pelo balão. O material é composto por um tubo de Geiger e por placas eletrónicas de arduinos para detetar partículas e fazer contagens da radiação em altitude.

Análise em tempo real

Estas contagens serão efetuadas em tempo real, através de um sistema redundante criado pelos investigadores, com uma antena transmissora por rádio, colocada no aparato, que transmite para um recetor ligado a um computador. “Vamos acompanhar esta aquisição de dados durante o voo, que pode durar cerca de seis horas (uma a subir até quase aos 40 km e quatro ou cinco horas a descer)”, refere Raul Sarmento, um dos investigadores do LIP-Minho envolvidos. Os dados recolhidos serão, posteriormente, analisados pelos alunos da ESPBS.

Henrique Carvalho e Raul Sarmento, do projeto (Foto: UMinho)

Esta experiência baseia-se na que foi desenvolvida em 1911 pelo físico austríaco Victor Francis Hess, que seria distinguido em 1936, juntamente com o norte-americano Carl David Anderson, com o Prémio Nobel da Física, pela descoberta da radiação cósmica. Hess utilizou um balão com detetores de radiação, que subiu quatro a cinco quilómetros. À medida que este ascendia, aumentava a contagem de radiação no detetor. “Foi uma grande descoberta, permitiu concluir que há uma fonte muito importante de radiação natural que não tem origem na terra, mas no espaço exterior. Ele percebeu que há uma chuva de partículas invisíveis que se propagam no universo e estão constantemente a cair na terra”, avança Raul Sarmento, acrescentando que a 1 de junho haverá “uma espécie de reprodução moderna desta experiência histórica”. Ao longo dos anos têm sido desenvolvidas experiências do género e com resultados semelhantes.

Para já, o projeto vai continuar com a ESPBS. “Estamos com boas expetativas e vamos ver se poderemos alargar a outras escolas”, refere Raul Sarmento. No próximo ano letivo, pretende-se que sejam os alunos a realizar todo o processo, uma vez que, nesta primeira experiência, já ficaram responsáveis pelo lançamento do balão e pelo acompanhamento, análise dos dados e discussão dos resultados. “Os estudantes conseguem programar, montar, fazer medidas de temperatura e programar leds com base numa eletrónica de baixo custo. É um projeto muito rico do ponto de vista pedagógico, concretizando-se todos os passos de uma experiência científica”, conclui.

Fotos: UMinho.

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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados

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A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.

A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.

Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.

Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse. 

Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.

Foto: PSP.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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