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“Os Verdes” salientam a necessidade de garantir a despoluição dos recursos hídricos

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“A água é um recurso natural essencial, cuja importância é indiscutível como fonte de vida no nosso Planeta. A água é um bem e um direito de toda a humanidade”, começa por afirma o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).  No Dia Mundial do Ambiente, assinalado ontem, “Os Verdes” não poderiam deixar de salientar a importância da água e a necessidade da sua preservação, “face aos inúmeros atentados ambientais a que têm sido sujeitos os nossos rios e ribeiros, seja através de poluição difusa e de ligações ilegais, quer através de descargas de efluentes sem o devido tratamento, muitas das quais de ETAR’s”, refere.

Ao longo destes 40 anos, o PEV tem dedicado “particular atenção à necessidade de salvaguardar a água e a sua qualidade, um recurso cada vez mais escasso, devido aos sucessivos períodos de seca extrema que atravessamos.  Não obstante do seu grande valor ambiental, garante da biodiversidade e equilíbrio dos sistemas, as políticas públicas não têm sido consonantes com a importância que este recurso representa para o ambiente, qualidade de vida e saúde pública, como é o caso da drenagem e tratamento das águas residuais”, assinala.

Em Portugal Continental, a rede de saneamento encontra-se ainda bastante longe de abranger todas as habitações, apenas 85% em 2020, segundo dados do INE. Na Região de Coimbra, essa percentagem não ultrapassa os 80%, ou seja, uma em cada cinco casas ainda não tem ligação à rede de saneamento, existindo vários municípios, como Vila Nova de Poiares, Penela, Penacova e Góis, que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Mondego, em que a taxa de cobertura é muito reduzida, abaixo dos 40%.

Para além da falta de drenagem das águas residuais, uma parte significativa dos efluentes acaba por ser rejeitada nos rios e ribeiras sem o devido tratamento, “seja pela inexistência ou debilidades das ETAR’s, muitas das quais envelhecidas e subdimensionadas face ao volume de caudal a tratar”, aponta o PEV.

Os Verdes têm, ao longo dos anos, denunciado no distrito de Coimbra e na bacia hidrográfica do Mondego inúmeros atentados ambientais sobre os recursos hídricos associados às debilidades de tratamento das águas residuais, como foi o caso das ETAR’s de Folques (Arganil), Oliveira do Hospital, Maiorca (Figueira da Foz), Tábua, Choupal (Coimbra) ou a poluição no rio Cobral (O. do Hospital), “ocorrências que comprometem e degradam o equilíbrio dos ecossistemas”, diz o PEV.

Tendo em conta a importância e salvaguarda da qualidade da água, no dia 18 de junho, da parte da manhã, Os Verdes vão realizar uma caminhada intitulada “Da água que recebemos, à água que rejeitamos” em Coimbra, junto ao rio Mondego, ligando a Estação de Tratamento de Águas da Boa Vista, à ETAR do Choupal, alertando para a escassez da água e para a necessidade de políticas sérias de investimento e de gestão deste recurso natural essencial à vida.

“De tal forma esta prioridade assume relevância para ‘Os Verdes’ entre as prioridades a nível ambiental, que no passado fim de semana, em Viena, ‘Os Verdes’ tomaram a iniciativa de apresentar, no 37º Congresso dos Verdes Europeus, uma proposta sobre a escassez de água que o Planeta enfrenta e sobre a importância de fazer face à seca como fenómeno extremo acentuado pelas alterações climáticas. Proposta esta, aprovada por unanimidade e que colheu contributos de vários partidos verdes europeus”, conclui.

Imagem: PEV.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental

De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

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O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.

O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.

A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.

Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.

Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.

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