Atualidade
Investigadores da Universidade do Minho desenvolvem nanomateriais para terapia combinada do cancro
Inovação permite uma libertação controlada dos fármacos e uma menor frequência de tratamentos no hospital

Uma equipa dos Centros de Física e de Química da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), com a colaboração do Instituto de Polímeros e Compósitos, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e do Centro CINBIO da Universidade de Vigo, desenvolveu novos nanomateriais que permitem a libertação controlada e localizada de fármacos utilizados, por exemplo, no combate ao cancro.
Os cientistas conceberam um hidrogel contendo nanopartículas de ouro, que permite a libertação de fármacos e o controlo da taxa de libertação através do uso de um laser na região do infravermelho, algo que não acontece com os medicamentos tradicionais. Os primeiros resultados do estudo foram tema de capa da conhecida revista Soft Matter, da Royal Society of Chemistry.
“Na quimioterapia convencional, grande parte do fármaco que é administrado tem efeitos adversos no organismo, e o que atua no local alvo é uma pequena parte. Com este material, conseguimos ultrapassar essa limitação, pois é aplicado localmente e controlamos a libertação do fármaco, ajustando a terapia e evitando que o paciente tenha que ir constantemente fazer tratamentos ao hospital”, refere Sérgio Veloso, investigador do Centro de Física e aluno do doutoramento em Física na UMinho. O avanço permite ultrapassar limitações na administração de fármacos antitumorais, nomeadamente a baixa solubilidade em água, a baixa biodisponibilidade e efeitos secundários adversos.
A formulação em gel engloba lipossomas, que possibilitam o encapsulamento do agente bioativo, e nanopartículas de ouro, que permitem que a aplicação de radiação infravermelha resulte num aumento da libertação do fármaco encapsulado, por via do aquecimento local promovido pelas nanopartículas, conhecido como hipertermia. Por sua vez, a hipertermia atua como terapia adjuvante e contribui para o aumento da eficácia do agente bioativo. O estudo permitiu compreender diferentes fatores que influenciam a resposta do material ao estímulo laser, além de saber como modelar as propriedades do gel com os compósitos utilizados.
O material está a ser estudado através de ensaios biológicos em modelos celulares tridimensionais, para que possa depois ser testado com modelos in vivo. “Temos indicações bastante positivas. O material é biocompatível e temos resultados muito promissores”, acrescenta Sérgio Veloso. A investigação vai continuar com o desenvolvimento de materiais mais sofisticados, para permitir um controlo total da libertação de fármaco, capazes de promover um tratamento mais eficaz e a entrega controlada e segura de diversos fármacos antitumorais.
Foto: UM.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon

O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
Atualidade
Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental
De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.
O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.
A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.
Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.
Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.
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