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Investigadores da Universidade do Minho ‘aceleram’ a procura da nova física

Usam IA num computador quântico para analisar os dados do CERN

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No CERN – Laboratório Europeu de Física de Partículas (Suíça) há cerca de seiscentos milhões de colisões de protões por segundo e todos estes dados são analisados por dezenas de milhares de cientistas de todo o mundo.

Miguel Caçador e Gabriela Oliveira, alunos do mestrado em Engenharia Física da Universidade do Minho, propõem acelerar esse processo ao aplicar inteligência artificial num computador quântico, para detetar novos eventos na física (ajudando a decifrar o universo) e para compreender melhor a tecnologia quântica. O seu estudo saiu na conceituada revista Frontiers in Artificial Intelligence.

Os alunos investigam no Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas da Escola de Ciências da UMinho (LIP-Minho), orientados pelo professor Nuno Castro. Primeiro, reúnem grandes quantidades de dados que simulam eventos de física (como choques de protões) de experiências do CERN. Depois, usam técnicas de pré-processamento de forma a poderem classificar os dados com técnicas de quantum machine learning (QML). Focam-se em especial na física de altas energias e na sua aplicação para procurar novos fenómenos de física, isto é, processos não previstos pelo modelo padrão da física de partículas.

Encontrar uma agulha num palheiro

“Pegamos em técnicas que são desenvolvidas na área da computação quântica e estudamos a sua aplicação à física das partículas”, avança Miguel Caçador. Do CERN, o maior acelerador de partículas do mundo, vêm muitos dados e descobrir os realmente interessantes é mais difícil do que encontrar uma agulha num palheiro, frisa. A ideia é criarem um modelo que distinga os eventos vindos de fenómenos físicos conhecidos dos que possam sinalizar algo de novo.

Para comparar de forma justa modelos de machine learning clássico e QML, os cientistas fizeram um estudo sistemático dos métodos de análise tradicionais de complexidade similar aos algoritmos quânticos usados. O desempenho entre os modelos foi semelhante, o que “é promissor face ao atual estado atual dos computadores quânticos”, diz Gabriela Oliveira.

Para Nuno Castro, este projeto mostra que o envolvimento de estudantes de licenciatura e mestrado na investigação é estratégico para o ensino e aprendizagem das ciências experimentais, permitindo aos estudantes iniciarem-se na atividade científica e desenvolverem as competências que irão posteriormente usar nas suas carreiras profissionais. O estudo envolveu ainda Miguel Crispim Romão e Inês Ochoa, ambos do LIP.

Os investigadores portugueses, sobretudo do LIP e de academias como a Escola de Ciências da UMinho, colaboram no CERN há muitos anos, tendo tido um papel fulcral na construção do calorímetro hadrónico do detetor ATLAS, no sistema de trigger do acelerador CMS, bem como nas medidas de precisão das propriedades do quark top, na descoberta do bosão de Higgs, na primeira observação direta do acoplamento entre aquelas duas partículas e, ainda, na pesquisa de novas partículas elementares. O CERN possui um túnel circular de 27 quilómetros e a 100 metros de profundidade, na fronteira franco-suíça.

Foto: DR.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental

De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

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O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.

O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.

A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.

Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.

Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.

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