A nona edição do MUSCARIUM investe na realização de mais residências artísticas e quer atrair os públicos a ocuparem as salas de ensaios. Ao todo, oito coletivos, nacionais e internacionais, vão estar a criar as suas obras pelo concelho de Sintra.

Para a equipa do teatromosca, verão é sinónimo das últimas preparações para o MUSCARIUM – festival de artes performativas em Sintra.  A nona edição terá lugar de 2 de setembro a 1 de outubro, em vários locais do concelho. Com a realização de oito residências artísticas, duas por semana, o teatromosca ambiciona, por um lado, aproximar, ainda mais, as equipas artísticas e os públicos. Por outro, pretende que os artistas em residência se possam conhecer, dialogar e colaborar.

Em residência artística, estarão artistas de dança, teatro e das artes visuais. Carlota Rosón, artista galega, experimentará as linguagens da dança contemporânea, clown e acrobacia na obra “COLLIGE, VIRGO, ROSAS”, enquanto Bruna Carvalho, bailarina e coreógrafa portuguesa, explora a ideia de “A Ausência da Minha Presença”. Na semana dedicada à escrita e dramaturgia, André Murraças, escritor, encenador, dramaturgo, cenógrafo e intérprete, começa a escrever um solo sobre o bullying na adolescência, “O Meu Amigo Freddy Krueger”. Da Bulgária chegam os coletivos de artistas, Radar Sofia e Drama Pact, com o espetáculo “A Hora da Verdade #2/The Hour of Truth #2” no qual desafiam sete artistas, cujo trabalho principal não implica aparecer em frente ao público, a contar a sua verdade em palco, e serem protagonistas por um dia. A chamada aberta para interessados a participar nesta residência está disponível até 18 de agosto.

A semana três do MUSCARIUM acolhe os ensaios do espetáculo “Maria Coroada”, uma ​coprodução A Companhia João Garcia Miguel, ASTA e Alma d’Arame. A quarta, e última, semana de festival celebra o diálogo intergeracional. Renata Bueno e Sezen Tonguz desenvolvem o projeto “Correspondência” com os seniores, beneficiários do Espaço Projeto Movimenta-te da Junta de Freguesia de Algueirão Mem-Martins. Maria Caetano Vilalobos estará a trabalhar com um grupo de jovens em torno das temáticas da educação sexual e emocional no projeto “Em Geral Não”. Todas as residências artísticas têm, no final da semana, um momento de apresentação pública do trabalho, de entrada livre, seguido de uma conversa com os espetadores.

Nesta edição, destacam-se os espetáculos para os mais pequenos, maiores de 3 anos, como é o caso de “Isto é tudo inventado” da Imaginar do Gigante e “Corpo Pequenino, Olhos de Gigante”, a partir de “O Menino d’ Olhos de Gigante”, de Almada Negreiros, do Teatro Estúdio Fontenova. Para maiores de 6 anos, “RESPIRAR (doze vezes)”, uma coprodução teatromosca, Teatro Art’Imagem e La Tête Noire – La Compagnie, com ​texto de Marie Suel, ​encenação de Patrice Douchet, e banda sonora original de Noiserv, estreia a 16 de setembro, no AMAS – Auditório Municipal António Silva, depois da residência de ensaios finais, também, inserida no festival.

Por seu lado, o público jovem e adulto poderá assistir aos “Os Amores Encardidos de Padi & Balbina” da companhia de teatro, Cães do Mar. A dança está presente com o espetáculo “TABÚ” do Colectivo Glovo, vindo da Galiza. O MUSCARIUM#9 terminará a 1 de outubro com o concerto Encontros com o Jazz no Dia Mundial da Música, do Jazz Ensemble do Conservatório de Música de Sintra e Big Band da Academia de Música e Dança do Fundão.

A programação do festival, que poderá ser consultada em www.teatromosca.com, ainda contempla uma exposição, o lançamento de dois livros e duas formações. Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre 5 € e 7 €. Os ensaios abertos ao público e o concerto de encerramento são de entrada livre, limitada à capacidade da sala, pelo que se aconselha reserva. Para mais informações sobre os workshops e a chamada aberta, deverá contactar geral@teatromosca.com.

Imagem: Alex Gozblau.