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Barcelos: Museu de Olaria mostra arte dos Mestres do Barro Negro José Maria e Joaquim Alvelos

Sala da Capela, de 14 de abril a 18 de junho

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O Museu de Olaria do Município de Barcelos vai dar a conhecer a arte dos mestres do barro negro, José Maria e Joaquim Alvelos, numa exposição que vai estar patente na Sala da Capela, de 14 de abril a 18 de junho.

Na folha de sala que contextualiza a exposição, diz-se que estes dois homens, nascidos na terra de Viriato, “iniciaram a sua vida profissional ainda em criança – os tempos eram outros – no seio familiar, aprendendo o ofício com seus pais. A mudança dos paradigmas de consumo levou-os a empreender, passando da olaria para o figurado. Ainda que nunca tivessem abandonado na totalidade a primeira, destacaram-se e ficaram conhecidos pela segunda. Algo que os levou a percorrerem o país de lés a lés, sendo presença em inúmeros certames de artesanato. (…) As dobras e torções da Serra de Montemuro, lugar de segredos seculares, guardavam uma antiga comunidade de oleiros que chegou até aos nossos dias. Encravada entre os Rios Douro e Paiva, foi berço de incontáveis mãos que giraram a roda baixa. Nos seus montes, maços e picos de sovar em riste golpeavam a argila encharcada. O chão cravejado de soengas, abertas como entradas de formigueiros, onde fumo e barro se fundiam, resultando num barro negro.

A persistência da memória encerrada nas criações de ambos traz um universo esquecido para a luz dos nossos dias.

A exposição “Mestres do Barro Negro – Joaquim Alvelos e José Maria Rodrigues” dá-nos a conhecer os obras destes dois memoráveis e derradeiros artistas da cerâmica viseense.

José Maria Rodrigues – Mestre Zé Maria

Chamava-se José Maria Rodrigues, mas no mundo da cerâmica ficou conhecido como Mestre Zé Maria. Nascido em Ribolhos, Castro Daire, no ano 1906, desde tenra idade aprendeu os ensinamentos da arte de trabalhar o barro, muito com o seu pai que foi também o seu professor. As tarefas básicas do quotidiano de um oleiro, como extrair a argila, amassar a massa, tornear, e cozer a louça, foram-lhe transmitidas pelo progenitor. Desde os 8 anos de idade que se curvava sobre a mesa do ofício, fazendo de tudo um pouco. Aos 27 era dono de uma oficina, onde se faziam panelas, sertãs, púcaros, etc., para serem vendidas na feira de Castro Daire.

O passar do tempo trouxe o advento do plástico e da banalização do metal, levando ao consequente desuso das peças de barro e diminuição das vendas. Ao mesmo tempo, a desertificação do interior precipitada pela guerra e a procura de melhores condições de vida afastaram os clientes para outras paragens. Esta situação levou Zé Maria para a criação artística, sempre no barro preto, e passou fazer figurado. De mestre oleiro, passou a mestre artista. A sua inspiração inicial passou a ser o campo e a serra, o seu quotidiano. Cabras, cães pastores, raposas, corvos, brotavam das suas mãos. Com o tempo aperfeiçoou as suas peças, indo beber às memórias de dias de festa, das viagens, de celebrações, imprimindo um grau de complexidade às suas criações.

A qualidade dos seus trabalhos levou-o de feira em feira, exposição em exposição, percorrendo o país. Nas décadas de 1970 e 1980, na grandiosa feira de São Mateus, era presença habitual, trabalhando com toda a dedicação como se estivesse na sua oficina. Com os dedos e alguns utensílios por si fabricados, esculpia as pequenas, mas famosas figuras de barro negro. E entre uma figura e outra ia conversando com clientes habituais e clientes de ocasião. Algumas das obras de arte que fez o Mestre Zé Maria podem ser vistas nesta exposição. A roda da vida deixou de girar antes da aurora do novo milénio, corria o ano 1999.

Joaquim Ribeiro Alvelos

Mestre Joaquim Alvelos, para os mais próximos e conterrâneos Joaquim-Rei, nasceu no ano de 1920, na freguesia (São Pedro de) Paus, concelho de Resende. O seu pai iniciou-o nas lides do barro, aprendendo a arte de fazer talhas cintadas e impermeabilizadas, panelas, caçarolas, tigelas, chaleiras, alguidares, etc.. Continuou durante anos fazendo apenas estas formas, mais ou menos formatadas, de barro negro.

Por conta do surgimento de novos materiais, mais leves e duradouros, as vendas de louça começaram gradualmente a diminuir. Neste sentido, o hábil mestre, numa primeira fase, volta-se para a produção de miniaturas das peças que fazia. Contudo, não se sentiu muito confortável no seu fabrico. As dificuldades de modelagem que artigos de pequenas dimensões acarretam, levaram-no a uma nova mudança. Neste sentido, o Mestre Joaquim-Rei começa a fazer pequenas figuras de barro negro, passando de artesão a artista. E, em 1985, apresenta a primeira de incontáveis obras de arte que foi criando.

Joaquim, tal como os seus contemporâneos, foi beber a fonte de inspiração à serra e ao meio que o rodeava. A temática das suas obras percorre cenas tão diversas como: festas; cenas quotidianas; animais; romarias; cristos na cruz; presépios; cavaleiros; músicos; um sem fim de criações. Os seus trabalhos ficaram conhecidos, o que fez com que fosse presença assídua em várias feiras de artesanato. A Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde, a FIL-Artesanato, entre tantas outras, foram espaços onde apresentava os seus trabalhos. E durante anos presença conhecida da Feira de São Mateus, em Viseu, onde se cruzou com o Mestre Zé Maria. “O último oleiro de Fazamões” continuou a trabalhar à roda, fazendo louça, a cuidar da horta, falecendo em 2005.

Imagem: CMB.

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Fortaleza de Valença: Reconstrução do Baluarte de São José Avança para Fase Final

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Os trabalhos de reconstrução do pano de muralha do Baluarte de S. José, na Fortaleza de Valença, encontram-se numa fase decisiva, com a reconstrução em curso do segundo troço da estrutura, que ruiu a 1 de janeiro de 2023.

A intervenção decorre sob rigorosa monitorização dos técnicos da Unidade da Cultura da CCDR-Norte e do Município de Valença.

A recuperação desta estrutura histórica chega agora à sua fase final, através de um cuidadoso trabalho de recuperação que respeita integralmente as características originais da construção setecentista.

Os trabalhos avançam com o rigor que um monumento classificado exige. Neste momento, decorre a reconstrução do segundo pano de muralha, localizado no tardoz da cortina, paralelamente aos trabalhos de aterro da vala de fundação, operações técnicas essenciais para garantir a estabilidade e durabilidade da estrutura. Também se está a proceder à recolocação do friso e restante aparelho que remata o topo superior do pano da primeira cortina.

O Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, tem acompanhado pessoalmente a evolução dos trabalhos, sublinhando a importância desta intervenção: “Estamos comprometidos em devolver à Fortaleza de Valença toda a sua integridade histórica, garantindo que esta obra seja executada com o máximo rigor técnico e respeito pelo património que nos foi legado.”

Esta intervenção irá repor a totalidade da estrutura original, mantendo intacto o valor patrimonial de um dos mais emblemáticos exemplos da arquitetura militar portuguesa. A Fortaleza de Valença, testemunho singular da nossa história, verá assim assegurada a sua preservação e transmissão como legado cultural às gerações futuras.

Foto: CMV.

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Barcelos: Conferência sobre Fibromialgia a 30 de maio no IPCA

“Transformando a dor em vida” é o tema da conferência promovida pelo Instituto Renascer

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O Instituto Renascer – Fibromialgia em Portugal e Fibromialgia leva a cabo uma conferênciasobre Fibromialgia, no dia 30 de maio, pelas 20h45, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia no IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos.

“Com esta iniciativa, pretendemos sensibilizar e informar sobre a realidade vivida pelas pessoas com fibromialgia, abordando estratégias para enfrentar os desafios físicos, emocionais e sociais associados à doença”, sublinha a organização.

Sob o tema “Transformando a Dor em Vida”, pretende proporcionar um espaço de partilha, esclarecimento e empoderamento para doentes, familiares, cuidadores, publico em geral e profissionais da educação, da saúde, com entrada livre.

Esta formação é certificada para professores, pelo CFAE – Barcelos/Esposende, com o link de inscrição para professores em https://www.cfaebe.pt/course/4171ara .

Serão tratados os seguintes temas:

– Transformando a Dor em Vida – Vencer os Desafios da Fibromialgia;

– Papel da medicina do trabalho…

– Apoios a doentes crónicos pela segurança social;

– O que é a Fibromialgia…

O evento contará com as preleções e intervenções de Paula Encarnação, Professora na Escola Superior de Enfermagem – Universidade do Minho; Vânia Teixeira, Médica de Medicina do Trabalho na ULS – Hospital de Braga; Filipa Braga, Assistente Social na Segurança Social; Jorge Mandim, Diretor da Fibromialgia em Portugal e Instituto Renascer.

“Esta ação de formação visa não só sensibilizar a sociedade sobre o impacto real da fibromialgia na vida dos pacientes, como também oferecer ferramentas práticas para a gestão dos seus desafios físicos e emocionais. Ao promover o conhecimento e o diálogo aberto, contribui-se ativamente para a luta contra o estigma, ajudando a construir uma rede de apoio mais empática, informada e inclusiva”, sublinha a organização.

“A Saúde Ocupacional é um direito consagrado na Lei de Bases da Saúde, assegurando a todos os trabalhadores o acesso à avaliação pela Medicina do Trabalho ao longo da sua vida profissional. Neste âmbito, o Médico do Trabalho assume um papel crucial na promoção da saúde, na prevenção de doenças e de acidentes de trabalho, bem como na avaliação da aptidão dos trabalhadores para o desempenho das suas funções, considerando as suas capacidades e eventuais limitações. No caso específico dos trabalhadores com fibromialgia, a intervenção da Medicina do Trabalho visa promover a sua aptidão para o trabalho bem como a sua qualidade de vida e bem-estar”, continua.

A Fibromialgia é considerada uma doença do sistema nervoso central, acompanhada pelas especialidades de Neurologia, Reumatologia, com uma equipa multidisciplinar e requer tratamentos de reabilitação permanentes, pois os doentes apresentam lentificação motora e cognitiva. Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia: “A fibromialgia é caracterizada por dores músculo-esqueléticas generalizadas… fadiga, stress distúrbios do sono, alterações cognitivas, memória e concentração”.

A defesa e promoção dos direitos e interesses das pessoas com Fibromialgia-Dor e suas famílias,  é o papel   das plataformas  www.fibromialgiaemportugal.pt e Fibromialgia e seus preconceitos, https://www.facebook.com/groups/1017979065050898 que são geridas por Jorge Mandim e Ana dos Santos.

“Falar de Fibromialgia é falar de Dor e causa endurecimento/rigidez por todo o corpo. Pode ser debilitante, causar solidão, ansiedade e depressão. Os doentes com Fibromialgia são psicologicamente frágeis e isso contribui para o aumento da manifestação da doença… A Fibromialgia atinge crianças, jovens e adultos. Usualmente são diagnosticados entre os 20 e 50 anos, e a incidência aumenta com a idade. Estima-se que afete cerca de 2 a 4% da população (embora seja mais prevalente na idade adulta) e, dos diagnosticados, cerca de 90% são mulheres e 10% são homens”, dizem os especialistas.

A Fibromialgia foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde em 1992, com o código CID 10 – M79.7. Em Portugal foi reconhecida, em 2003, pela Direção Geral da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou em 1 de janeiro de 2022, com um novo código a DOR e Fibromialgia.

“O impacto da fibromialgia na sociedade é evidente em várias áreas, incluindo na saúde, no trabalho e na economia. Por exemplo, estudos mostram que as pessoas com fibromialgia têm um risco maior de desenvolver outras condições de saúde, como a depressão, a ansiedade e a síndrome do intestino irritável. Além disso, a dor crónica e a fadiga podem levar a uma diminuição da capacidade de trabalhar e realizar tarefas diárias, o que pode levar a um aumento das taxas de desemprego e da necessidade de apoio social”, segundo especialistas.

Imagem: IR.

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Rio Tinto: PSP recupera carro roubado em Bragança

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Na noite do dia 15 de maio, em Bragança, foi furtado do interior de uma garagem, por método de arrombamento da porta, uma viatura BMW avaliada em cerca de 40.000 Euros.

A viatura foi avistada durante a tarde do dia 16 na Rotunda das Areias, (Campanhã), no Porto, onde seguiam três ocupantes, tendo-se mobilizado diversos meios com vista à interceção e recuperação da mesma em local adequado de acordo por onde a mesma se dirigia, vindo a desenrolar-se uma operação de controlo policial na Rotunda do Parque Nascente em Rio Tinto.

O condutor da viatura ao aperceber-se da presença da PSP e da ordem de paragem que lhe foi dirigida parou e recuou repentinamente, provocou um acidente, galgou passeios acelerando bruscamente colocando em perigo os peões que ali circulavam bem como Polícias que seguiam a pé no seu encalço, vindo a viatura a embater num poste de eletricidade e ali ficar imobilizada.

O condutor, o homem de 37 anos, natural e residente no Porto, que não possuía carta de condução e que exerceu condução perigosa, abriu a porta e colocou-se em fuga sendo intercetado após uma perseguição apeada.

No carro seguiam ainda mais duas pessoas, duas jovens de 15 e 16 anos, tendo estas obedecido às ordens, permanecendo no veículo suspeito até serem retiradas em segurança, vindo a apurar-se que as mesmas se encontravam evadias de uma instituição de acolhimento em Baguim do Monte onde foram conduzidas, sendo uma delas prima do suspeito.

O suspeito foi detido pelas 17h45 do dia 16 de maio pela 3ª Divisão, e após ter sido presente às Autoridades Judiciárias competentes foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Foto: PSP.

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