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Barcelos exige ser Centro Urbano Regional para efeitos de Contratualização

Município apela ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro

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O Município de Barcelos reivindica ser considerado como “Centro Urbano Regional” para efeitos de contratualização no âmbito do período de programação 2021/2027, que enquadra o Acordo de Parceria 2030.

Esta exigência aprovada hoje, dia 28 de fevereiro, por unanimidade, em reunião de Câmara, vai ser remetida agora ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro, à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, à Associação Nacional de Municípios Portugueses, à Comunidade Intermunicipal do Cávado, e ao Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Cávado. A pretensão do Município de Barcelos tem como principal objetivo poder aceder às fontes de financiamento no âmbito do Acordo de Parceria Portugal 2030, já que, se o Concelho não for considerado como Centro Urbano Regional, tal resultará num enorme prejuízo para o desenvolvimento do território.

A Câmara de Barcelos sublinha que verifica “com perplexidade que Barcelos é mais uma vez deixado para trás, sendo que a Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão é atribuída a classificação como ‘Centro Urbano Regional’, relegando Barcelos para o nível inferior: ‘Outros Centros Urbanos’”, uma “situação incompreensível” pois “Barcelos possui uma população residente de 116.777 habitantes, dos quais 24.177 residem nas freguesias urbanas do concelho, portanto completamente alinhado com os restantes municípios da Rede com uma população residente superior a 100.000 habitantes”.

No texto de enquadramento da proposta, o Município de Barcelos diz que a relevância do seu território “tem sido objeto de sucessivas e sistemáticas desvalorizações”, o que acontece de novo “no âmbito do Acordo de Parceria do Portugal 2030 e na sequência da classificação atribuída no PNPOT – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território”, no qual, “Barcelos sai, uma vez mais, reduzido na sua relevância geográfica e estratégica, no que à política de desenvolvimento territorial do nosso país diz respeito”. O Município alega que “a sua posição geográfica e estratégica tem vindo a sofrer duros golpes ao longo dos anos, particularmente pela desvalorização das acessibilidades ao concelho, as quais condicionaram e condicionam de forma marcante a atratividade do nosso território, mas também a capacidade de manutenção das atividades cá instaladas e, com elas, a fixação das populações, e atração de novos residentes”.

O Município dá como exemplos dessa desvalorização “a estratégia para o setor ferroviário da Linha do Minho, que é um duro golpe para Barcelos, e que se vem agravando com o tempo, com a progressiva perda da relevância geográfica e estratégica da Estação de Barcelos. Nem a recente, e há muito esperada, eletrificação da linha ajudou o Município a aceder ao nível e qualidade de serviço a que anseia regressar. Com efeito, e em termos estratégicos, a Linha do Minho, que sempre foi absolutamente central na ligação a Vigo, está presentemente e a norte de Nine (Famalicão), relegada para o transporte de mercadorias”.

“A aspiração do Município no sentido de aceder ao nível de serviço dos seus parceiros do Quadrilátero Urbano, particularmente Vila Nova de Famalicão e Braga, e que se consubstancia numa questão de estratégia e não de infraestrutura, não foi, até à data, objeto de reavaliação”, alega.

A Câmara Municipal dá, também, o exemplo do que se passa com a construção do Novo Hospital de Barcelos, cuja construção se “espera há duas décadas”, enquanto a atual unidade de saúde vai sendo esvaziada das valências prestadas por este serviço Hospitalar existente no concelho. “Mais uma vez o Município é alheio às decisões estratégicas para o setor”, acusa.

“Não menos relevante será o facto de, integrado no Vale do Cávado, Barcelos tem vindo a ser fustigado no core do seu tecido produtivo por sucessivas crises económicas, com particular peso nos setores têxtil e agropecuário, em particular o relacionado com a produção de leite”, refere.

“Neste contexto, as políticas ligadas aos setores têm agravado a problemática com os empresários e produtores Barcelenses, obrigando-os a um esforço suplementar significativo em prol da manutenção das suas atividades”, continua.

A Câmara Municipal dá, ainda, os exemplos da falta de acessibilidade rodoviária entre as grandes áreas do tecido produtivo no concelho – as AE’s – aos IP’s e IC’s, como fatores de constrangimento e dificuldades no desenvolvimento do concelho, pelo que agora exige que definitivamente seja rompido este ciclo de discriminação e Barcelos seja mesmo considerado “Centro Urbano Regional” para efeitos de contratualização no âmbito do período de programação 2021/2027, que enquadra o Acordo de Parceria 2030.

Foto: CMB.

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Ponta Delgada: Posto Médico Avançado e Recém-nascidos transportados pela Força Aérea

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Esta madrugada, um avião C-295M destacado na Base Aérea Nº 4, Ilha Terceira, transportou, desde as Lajes, um Posto Médico Avançado da Cruz Vermelha para a Ilha de S. Miguel. A bordo do avião da Força Aérea seguiram 2.340 kg de material do Posto Médico Avançado e sete técnicos para a montagem daquele equipamento. Depois de ter descolado da Base Aérea N.º 4 às 00h35, o C-295M chegou à Ilha de S. Miguel à 1h00 da madrugada, regressando à Ilha Terceira pelas 03h05 (horas de Lisboa).

Mais dois recém-nascidos transportados para o Continente

Ao mesmo tempo que a Força Aérea transportava o Posto Médico Avançado, um outro avião C-295M fazia o transporte de mais dois bebés recém-nascidos e um doente crítico entre Ponta Delgada e Lisboa. A tripulação da Esquadra 502 descolou da Base Aérea Nº 6, no Montijo, pelas 16h10 em direção à Ilha de S. Miguel. Eram já 03h50 quando o avião da Força Aérea aterrava no Aeródromo de Trânsito Nº 1, na Portela, onde ambulâncias aguardavam os recém-nascidos e o doente para posterior encaminhamento para unidades hospitalares. A bordo do avião seguiu uma enfermeira militar do Núcleo de Evacuações Aeromédicas da Força Aérea, para além de duas equipas de saúde civis, uma para prestar apoio aos bebés e outra para apoio ao doente crítico.

Desde domingo que a Força Aérea tem vindo a realizar diversas missões de transporte de doentes e equipamento hospitalar na sequência do incêndio que deflagrou no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, Açores.

Até ao momento, 13 pessoas foram já transportadas pela Força Aérea em cinco distintas missões. A primeira ocorreu no passado domingo, com um avião C-295M a transportar durante a madrugada três doentes para a Ilha Terceira. Já durante a tarde, um avião Falcon 50 transportou três doentes – dos quais duas grávidas – para a Ilha da Madeira; e, durante a noite, o avião C-295M voltou a descolar para transportar mais dois doentes para a Ilha Terceira. Terça-feira, a Força Aérea foi solicitada para uma nova missão de transporte, desta vez dois bebés recém-nascidos foram transportados num avião C-130H desde Ponta Delgada até Lisboa.

O transporte de doentes por via aérea é uma das missões que a Força Aérea dedica à população, através de um dispositivo em alerta permanente nos Açores, na Madeira e no Continente. Desde o início do ano, a Força Aérea já transportou mais de 270 doentes, sobretudo entre ilhas dos Açores, entre ilhas da Madeira e entre os Arquipélagos e o Continente.

Foto: FAP.

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Conferência “Oportunidades da IA para a Administração Pública Central e PMEs” no Iscte

Dia 16 de maio, pelas 14h00, com sessão presencial no Iscte Executive Education

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“Oportunidades da IA para a Administração Pública Central e PMEs”, a conferência organizada pelo Iscte Executive Education, no âmbito do polo de inovação digital, AI4PA – Artificial Intelligence & Data Science for Public Administration, European Digital Innovation Hub, promovido pela AMA, terá lugar no dia 16 de maio, pelas 14h00, no Edifício 4 do Iscte.

Nesta conferência, a organização pretende promover o entendimento e a integração da Inteligência Artificial (IA) nas diversas áreas da administração pública central, bem como das pequenas e médias empresas. Com o objetivo de melhorar a eficácia das políticas públicas e serviços, este encontro pretende promover a colaboração e inovação através de workshops, palestras e debates.

Na conferência estarão presentes diversas personalidades, entre as quais, Miguel Sales Dias, Professor Catedrático do Iscte-Sintra, Paulo Vale, Diretor Executivo do polo AI4PA pela AMA e Rogério Canhoto, Chief Business Officer da PHC.

O programa da conferência conta com três workshops. O primeiro, “formação e capacitação”, moderado por Isabel Flores, focando-se na problemática do desenvolvimento de competências em IA e tecnologias inovadoras para as entidades da AP Central e PMEs, e nos meios práticos de atingir níveis de capacitação e formação suficientes. Segue-se o workshop que aborda a integração da IA em serviços públicos e explora opções de cofinanciamento para projetos de transformação digital, “serviços de IA, transformação digital e cofinanciamento”, com moderação de Miguel Dias e Raquel Sousa. Por último, sob a moderação de Pedro Sebastião, “aceleração de pilotos e demonstrações”, um workshop que pretende acelerar a implementação de projetos-piloto em IA.

Participe gratuitamente na sessão. Inscrição aqui.

Imagem: DR.

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Ocean Winds anuncia o vencedor do seu programa educativo “Wind Experts” em Viana do Castelo, Portugal

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Realizou-se uma cerimónia de encerramento desta segunda edição do programa educativo “Wind Experts”, promovido pela Ocean Winds em Viana do Castelo, com entrega de prémios aos grupos de alunos vencedores e à escola vencedora. O programa tem como objetivo sensibilizar as gerações mais novas para o desafio global das alterações climáticas e para os benefícios e potencialidades das energias renováveis, nomeadamente da energia eólica offshore na mitigação das mesmas.

O evento foi celebrado no auditório da Escola Superior de Saúde do IPVC, na presença da equipa do WindFloat Atlantic – parque eólico offshore flutuante local do qual a Ocean Winds (uma joint venture de 50/50% entre a EDP Renováveis e a ENGIE) é a principal acionista –, todos os alunos e professores envolvidos, e membros do Município de Viana do Castelo, representados pelo Departamento de Gestão Territorial e Sustentabilidade e pelo CMIA (Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental).

No contexto deste programa educativo, que se relaciona com as disciplinas curriculares de Cidadania e Desenvolvimento e Ciências Naturais, os alunos das três escolas participantes assistiram a vários cursos educativos que tinham como objetivo aumentar a sensibilização sobre as alterações climáticas e promover soluções eficazes para mitigar as suas consequências. A fase que se seguiu foi uma competição entre todos os alunos, em que o desafio principal foi construir um modelo de aerogerador, utilizando materiais reciclados e o parque eólico offshore flutuante WindFloat Atlantic, como inspiração. Esta competição entre os grupos de alunos é um incentivo ao trabalho em equipa, criatividade e ideias inovadoras.  

A seleção do grupo vencedor, foi realizada pelo comité da Ocean Winds, o qual analisou cada um dos projetos apresentados, valorizando a sua conceção, funcionalidade, criatividade e mensagem, sendo selecionado um grupo de 5 alunas da Escola Básica da Abelheira. A escola vencedora recebeu um voucher de 3.000 € pelo seu envolvimento, e cada membro da equipa vencedora recebeu como prémio um iPad.

Além disso, todos os alunos receberam um certificado de participação, que valoriza o seu envolvimento e empenho nesta iniciativa desafiadora, que inspira a criatividade.  

A iniciativa Wind Experts enquadra-se no compromisso da Ocean Winds em investir na sociedade e comunidade local nos seus projetos, focando-se especialmente na disseminação e promoção do conhecimento entre as gerações mais jovens. Assim, com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo, estão a decorrer várias ações sociais na região de Viana do Castelo.

Foto: DR.

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