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Viana do Castelo: Aprovação da candidatura “Vidas de Mar – Vocação Marítima e Património” permite renovação de duas salas do Museu de Artes Decorativas

Foi aprovada a candidatura “Vidas de Mar – Vocação Marítima e Património”, no âmbito do Mar 2020, que visa a reabilitação e adaptação de duas salas do Museu de Artes Decorativas para nova exposição permanente.

Na candidatura é referido que o Município de Viana do Castelo, através do seu Museu de Artes Decorativas, pretende criar as condições de proteção, preservação, conservação, estudo e divulgação ao seu público de experiências pedagógicas, culturais e artísticas, inerentes à perpetuação da história ligada ao mar.

O legado histórico que integra as exposições previstas para o Museu de Artes Decorativas, “Viana e o Mar” e “Viana na Rota do Oriente”, data dos séculos XV/XVI até ao século XX. Neste âmbito, pretende-se proceder à reabilitação de dois espaços expositivos, com substituição do pavimento, restauro e consolidação dos tetos e paredes, vitrines, iluminação e design, de forma a modernizar o espaço e garantir um ambiente adequado às obras em exposição, dada a sensibilidade dos materiais que constituem as peças.

Deste modo, na Sala Poente, a Pedra de Armas de Viana (séc. XVI), a Esfera Armilar (séc. XVI), a Caixa de Pesos Padrão (Sec. XVI), o Sextante (séc. XIX), a louça da Antiga Fábrica de Viana (séc. XIX) ou a pintura “Hum dia de Feira” (séc. XIX) ou, ainda, a imprescindível arca (séc. XVII) são alguns exemplos do que se pode experienciar nesta viagem a bordo de uma caravela de velas triangulares ao vento ou de uma nau repleta de mercadorias de aqui e de além-mar.

Já a Sala Nascente será composta por um conjunto de onze peças, sendo que oito são contadores, mesas e trempes Indo-Portugueses (séc. XVII). As coleções mobiliário Indo-Europeu (séc. XVII–XIX), assim como o património artístico municipal associado ao mar desde do século XVI, têm valor reconhecido a nível nacional e internacional e conferem ao Museu um impacto patrimonial de relevo, traduzido na disponibilização de algumas peças para estudo e exposição por reconhecidos especialistas e instituições nacionais e internacionais.

“A implementação deste projeto tem como objetivos contextualizar a história de Viana na sua relação com o mar onde se insere o património artístico e cultural. Pretende, ainda, demonstrar a importância dos ecossistemas naturais do território – marítimos e fluviais – e seus recursos, em diversas práticas do Homem, ao longo de séculos, criando uma identidade histórica e cultural muito diversificada, mas com referências territoriais muito bem delimitadas; destacar o património artístico intercultural que se concretiza na miscigenação de culturas resultante do enorme desenvolvimento comercial entre Ocidente e o Oriente com a circulação de objetos artísticos de índole portuguesa e europeia no Oriente”, refere o Município em nota.

São, ainda, objetivos do projeto dinamizar os bens culturais do Museu de Artes Decorativas que têm norteado a sua ação e atividade na sua relação com o público; permitir que as “gentes” e os agentes locais contactem com a sua herança natural e patrimonial ligada ao mar, reconheçam os seus traços identitários e a consciência coletiva de forma a proteger, valorizar e promover o meio natural e os bens culturais, materiais e imateriais de relevante interesse natural e cultural.

Foto: CMVC.

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