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Quase um século depois, grupo Algar retorna a Portugal com foco no segmento de tecnologia e inovação

A imigração portuguesa para o Brasil, no século passado, fez história em diferentes setores. O arrojo de europeus que buscavam em território brasileiro um recomeço pós-dificuldades económicas na Europa do começo do século XX, fez surgir no Brasil importantes frentes económicas. Entre tantas trajetórias, uma delas merece destaque pelo novo rumo traçado para 2021: o regresso à “terra natal”. O Grupo Algar, fundado há 90 anos pelo português Alexandrino Garcia, volta os olhos a Portugal e, por aqui, já dá passos firmes no mercado da inovação e tecnologia.  O Grupo Algar retorna com uma bagagem de atuação em todo o Brasil e também América Latina, cerca de 19 mil profissionais que atendem 3,5 milhões de clientes. Em balanço do ano de 2020, a receita do Grupo chegou a R$ 3,1 biliões e R$ 810 milhões em investimentos.

Números expressivos ainda mais quando se faz um resgate do começo de toda essa caminhada. Em 1919, Alexandrino Garcia parte para o Brasil com a família. Por lá, os Garcia começam a semear o empreendedorismo. De uma empresa beneficiadora de arroz, a família Garcia atuou em diferentes ramos até chegar a um grupo presente nas áreas que vão desde a Internet de alta velocidade, rede telefónica fixa e móvel, dados, criação de gado de corte, plantação de milho e soja, entretenimento e diversão em parques aquáticos ou resorts à beira-mar, além de gestão de infraestruturas de TIC.

É justamente nessa área de tecnologia que o Grupo Algar seleciona o regresso a Portugal através do “Brain”, o Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT). Criado em 2017, em Uberlândia (estado de Minas Gerais), o “Brain” atua com o desenvolvimento de soluções inovadoras e disruptivas em produtos e soluções que simplifiquem o dia a dia de clientes e parceiros. Assim como os demais centros de inovação pelo mundo, o “Brain”, resumidamente, existe para incentivar pesquisas científicas e tecnológicas. As áreas de atuação do “Brain” são quatro frentes temáticas: IoT (Internet das Coisas), Cyber Security (Segurança Cibernética), Cloud e SD-WAN. 

Brain (Foto: DR)

Em 2021, o “Brain” lançou para o mercado português o Brain Open – Edição Internacional, uma parceria com o TICE.PT (Polo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica de Portugal) e o Nexus (hub de inovação do Parque Tecnológico São José dos Campos – Brasil). O Brain Open teve a missão de recrutar startups para trabalhos em conjunto com outras startups e empresas de outros países. Ao todo, 152 startups foram inscritas, representando 17 países, entre eles Argentina, Canadá, Chile, Dinamarca, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México e Portugal. Quatro foram selecionadas, entre elas duas portuguesas: a Assetflow, que conta com um software de inteligência artificial que analisa o comportamento e otimiza o fluxo de pessoas, e a  Bloq.it, que oferece uma solução de software universal e padrão para smart lockers.

Fotos: DR.

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