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“Vidas Trans em Segurança, até mesmo na infância!” é o mote para a 2ª Marcha da Visibilidade Trans no Porto

A Marcha da Visibilidade Trans volta a realizar-se na cidade do Porto, pela segunda vez consecutiva. Está marcada para as 15h00 do dia 30 de março e a concentração começa às 13h00 no Parque Paulo Vallada.

Sob o lema “Vidas Trans em Segurança, até mesmo na infância!”, a coligação de coletivos e associações LGBTQIA+ da cidade do Porto, Visibilidade Trans Porto, organiza a segunda marcha trans da cidade.

A organização refere que “a lei sobre proteção de estudantes trans nas escolas e a lei ‘dos nomes neutros’, como ficou conhecida, que foram vetadas pelo Presidente da República, representavam um avanço na defesa das pessoas trans, especialmente jovens e crianças. Após as eleições, é pouco provável que as mesmas sejam aprovadas novamente. Por isso, saímos à rua, nós sim, a defender as crianças e a combater uma ‘ideologia de género’ que impõe atitudes e comportamentos e categorizam as crianças sem lhes dar espaço para descoberta e autoconhecimento. Quem tenta doutrinar as crianças não somos nós, pelo contrário. E mais! Ignorar as necessidades destas pessoas, destes jovens e destas crianças, é um atentado aos seus direitos e é negligência, uma vez que põe em causa a integridade física e mental das mesmas”.

As leis referidas pela Visibilidade Trans Porto dizem respeito à autodeterminação de género e segurança nas escolas, e à escolha do nome no registo de nascimento não ter de pertencer à lista do género registado à nascença. Ou seja, deixaria de haver nomes “masculinos” ou “femininos”.

Na opinião da organização, Visibilidade Trans Porto, “não existe argumento que sustente essa posição política. Não existe nenhum motivo para limitar a escolha de nome, exceto motivações sexistas e/ou que pretendam continuar uma segregação de género. E em relação à autodeterminação de género nas escolas, o acesso a mecanismos de segurança nestes espaços é fundamental para as nossas vidas e para as vidas de quem é dissidente de género; é fundamental para qualquer jovem ou criança que demonstre qualquer divergência de género ou de orientação sexual. É fundamental para quem se encontra na fronteira entre o que é entendido como ‘normal’ e ‘anormal’. É fundamental para garantir dignidade, segurança, uma vida plena.”.

A organização conta com a presença de 300 pessoas no dia 30, esperando repetir os números de 2023.

Imagem: DR.

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