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Viana do Castelo: Autarca defende investimento na “literacia” em torno do Vinho Verde para “acrescentar valor” ao produto, ao território, ao turismo e à economia

O Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, marcou, ontem, presença na sessão de abertura do seminário “Sustentabilidade nos Vinhos Verdes”, que integra os XII Encontros Vínicos do Vinho Verde e que acontece ao longo do dia na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo.

No seminário, o autarca referiu que este evento “é um privilégio” para o Município de Viana do Castelo, afirmando que “vamos continuar a ter grandes desafios, mas o concelho tem evoluído e tenho a certeza que os parceiros destes encontros têm sido decisivos para esta evolução”. “Temos, hoje, produtores muito mais preparados“, frisou.

“A sustentabilidade, hoje, é transversal e fundamental para a sociedade. Cada um de nós pode fazer toda a diferença neste processo. Este setor vitivinícola destaca-se em termos de sustentabilidade e economia circular, acrescentando valor”, considerou ainda.

Luís Nobre defendeu o investimento na “literacia” do setor, “deste a produção, à comercialização e ao consumo” em defesa “da sustentabilidade, acrescentando valor ao produto, ao território, ao turismo, à economia, à investigação, entre muito mais”.

Já o Presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), Bento Aires, afirmou que “aquilo que vamos fazer hoje, a partir de Viana do Castelo, terá como matéria o Vinho Verde, mas o vinho será apenas a cobaia no tubo de ensaio, mostrando que a engenharia está preparada para o futuro”. “Os nossos produtores vão vender mais e melhor se contarem com a engenharia ao seu dispor”, vaticinou.

O Delegado Distrital da Ordem dos Engenheiros de Viana do Castelo, Vítor Correia, afirmou que estes Encontros Vínicos “são um exemplo claro do que é o século XXI, o século do conhecimento”, assegurando que a temática desta 12ª edição, a sustentabilidade dos vinhos verdes, “é um novo jargão que mostra a enorme importância da temática e que deve ser analisada de forma holística”. “Os desafios são a oportunidade para inovar, para conhecer e reconhecer o que de novo se faz em Portugal”, indicou.

O Coordenador do Colégio de Engenharia Agronómica da OERN, Adelino Bernardo, considerou que “o setor agrícola tem sido precoce a lidar com a sustentabilidade”, afirmando que “estamos a par com o que de melhor se faz neste assunto”.

Já o Vogal da Direção da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Rui Madeira Pinto, defendeu, no arranque dos trabalhos, que a sustentabilidade “é estratégica e temos de começar a agir já, para ter efeitos práticos no imediato”, referindo alguns dos problemas do setor, que incluem a falta de mão de obra e a falta de água.

A Pré-Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Sofia Rodrigues, afirmou que o IPVC tem disponíveis, “considerando o setor vitivinícola e a sustentabilidade”, duas unidades de investigação que são “dois núcleos centrais” para a investigação aplicada que contribua para o desenvolvimento do território, o CISAS e o proMetheus.

O Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Luís Brandão Coelho, defendeu que este “é um setor que tem apresentado uma dinâmica enorme” e com consequências “importantes” na paisagem, referindo as 650 candidaturas para a reconversão de vinhas na região Norte, para uma área de 7.400 hectares, representado um investimento de 92 milhões de euros.

Entre 12 e 13 de maio, Viana do Castelo acolhe os Encontros Vínicos do Vinho Verde, que voltam a trazer para debate este vinho tão característico da região do Minho. Este evento é uma organização conjunta da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da Delegação Distrital de Viana do Castelo e do Colégio de Engenharia Agronómica – Norte, com a colaboração da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Foto: CMVC.

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