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Turismo do Porto e Norte reclama regresso do Ministério do Turismo

Luís Pedro Martins tomou posse para um novo mandato de cinco anos à frente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, pedindo ao futuro Governo saído das eleições de 10 de março que faça regressar à sala do Conselho de Ministros um ministro do Turismo. “O Turismo merece ter um ministério e não uma simples Secretaria de Estado a funcionar em partilha com outros setores”, defende Luís Pedro Martins, evocando os 25 mil milhões de euros de receitas gerados pelo setor, “que é a verdadeira alavanca económica do País”.

Perante uma sala cheia de convidados institucionais e representantes das empresas privadas do setor, no Castelo de Santiago da Barra, em Viana do Castelo, o responsável pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal reclamou ainda o fim dos cativos, que no caso da região ascendem a cerca de 90 por cento do orçamento. “É um grande constrangimento com que se debatem as entidades regionais do turismo, à semelhança do que acontece com a necessidade de autorização prévia para contratar serviços especializados, o que torna a gestão burocrática, penosa e morosa”, sustenta Luís Pedro Martins.

O financiamento é outro desafio. As entidades regionais “trabalham com os mesmos orçamentos há demasiados anos, só que, entretanto, o mundo mudou, e os nossos concorrentes têm hoje orçamentos reforçados”, sublinhou.

Em outro plano, Luís Pedro Martins exige melhorar a equidade entre regiões, no que diz respeito, por exemplo, ao apoio dado aos eventos, quer sejam de dimensão internacional, nacional ou regional. “Não podemos usar as mesmas métricas entre territórios distintos e onde o acesso, por exemplo, a patrocinadores é desigual”, sublinha, apelando, ainda, ao próximo Governo que “projetos estruturantes, como a Linha do Douro, sejam uma realidade”.

Depois de um primeiro mandato com resultados notáveis, apesar de ter sido atravessado por um desafio de grandes dimensões, como foi a crise pandémica, o destino Porto e Norte registou em 2023 13 milhões e 300 mil dormidas, o maior crescimento nacional e, no que respeita a proveitos da hotelaria, uma subida de 48 por cento, fixando-se num valor a rondar os 950 milhões de euros.

“Conseguimos ter mais turismo, mas também melhor turismo e não tenham dúvidas que este é o setor que alavanca o País, que cria riqueza para os territórios”, considera Luís Pedro Martins.

A sustentabilidade é uma questão central que vai acompanhar estes cinco anos de mandato, estando a certificação do destino no horizonte do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Está em marcha um programa para incentivar práticas de sustentabilidade nas empresas do setor, com vista à sua certificação e, num segundo momento, certificar a própria região, em parceria com a Global Sustainable Tourism Council, a entidade mundial que atribui certificados de sustentabilidade no setor.

Da Comissão Executiva liderada por Luís Pedro Martins fazem, ainda, parte Cancela Moura (vice-presidente), Vítor Paulo Pereira, Manuel Tibo e Pedro Mesquita Sousa. A Mesa da Assembleia Geral é presidida por João Manuel Esteves e o novo Conselho de Marketing é encabeçado pela Associação de Turismo do Porto, fazendo também parte do órgão a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, a Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo, a Porto Business School, a Alfândega do Porto e as câmaras municipais de Macedo de Cavaleiros e do Peso da Régua.

Foto: TPNP.

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