Em nota enviada às redações, datado de ontem, os Trabalhadores Social Democratas (TSF), Secretariado Distrital de Braga, deixam um apelo a todas as empresas que recebam refugiados ucranianos para que saibam respeitar os direitos laborais e humanos dessas pessoas.
A estrutura do PSD começa por considerar a invasão russa à Ucrânia como “injustificável, completamente ao arrepio do Direito Internacional e numa lastimável violação dos direitos, liberdades e garantias de um povo, que tem o direito a aspirar pertencer às organizações que bem entender, a manter invioláveis as suas fronteiras e a sua integridade territorial”.
Elencando os já mais de 3 milhões de pessoas exiladas e refugiadas, “que têm fugido, mormente, para países europeus”, não sendo Portugal exceção, “tendo já concedido mais de 12 mil pedidos de proteção a cidadãos Ucranianos e, até, a alguns dissidentes russos”.
Assim, em sequência da última reunião do Secretariado Distrital de Braga dos TSD, realizada a 17 de março, este “decidiu pronunciar-se publicamente no sentido de condenar – sem qualquer hesitação ou subterfúgio – a invasão da Ucrânia pela ‘Rússia de Putin’, e incentivar as formas de apoio e solidariedade (com critério) às vítimas desta guerra sem sentido, centrando as suas preocupações nas condições laborais que serão apresentadas aos refugiados Ucranianos, no nosso distrito”.
Destacando a “força produtiva” do distrito de Braga, e salientando ser “natural que este seja um dos distritos a disponibilizar uma maior oferta de emprego”, os TSD-Braga “depositam um voto de confiança nos empregadores e nos trabalhadores deste tecido empresarial/industrial”, ressalvando, no entanto, que “será fundamental que seja respeitada a vulnerabilidade destas pessoas, constituídas, maioritariamente, por mulheres e respetivas crianças, sem esquecer – sempre que possível – a especificidade das suas competências”. E continua: “Por outro lado, nunca deve ser esquecida a dignidade nas condições de trabalho oferecidas e na correspondente remuneração!”
Sendo uma estrutura de trabalhadores e para trabalhadores, os TSD-Braga não deixam de particularizar a sua atenção nestes: “O papel dos trabalhadores, como futuros colegas, é, cimeira e igualmente, fundamental no processo de acolhimento e acompanhamento de todos, e deve ser relevado e louvado, assim como, o de todos os trabalhadores que prestarão serviços a estas pessoas, que não são menos importantes. Todos, sem exceção, merecem o nosso apreço e louvor!”, destaca.
Por fim, os TSD-Braga afirmam que, “dentro das suas possibilidades”, irão “monitorizar este processo e esperam que os gabinetes de acompanhamento criados pelo Governo sejam rigorosos na sua missão e que saibam encontrar nas Autarquias Locais o parceiro privilegiado, como forma de garantir o sucesso para todas as partes”, concluem.
Foto: DR.
Imagem: TSD-Braga.