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teatromosca mergulha nos processos e contextos de fabricação do Teatro, paralelamente ao progrAMAS

Depois de ter anunciado o concerto da aclamada artista paquistanesa Arooj Aftab, que terá lugar no dia 26 de junho, por ocasião do lançamento oficial da programação da oitava edição do Festival MUSCARIUM, o teatromosca continua a investir nos progrAMAS do Auditório Municipal António Silva, em Agualva-Cacém.

Este espaço cultural sintrense inicia o mês de maio, acolhendo a companhia Animateatro, com o espetáculo “ao CRESCER quero SER”, direcionado ao público infantojuvenil, no dia 7, às 16h00. “E se o Sr. Manuel não fosse o Sapateiro, se a D. Rosa não fosse a peixeira? Sabes quem são? És a criança que brinca? És aquele que aprende? Importante será SER e poder ESCOLHER!” Partindo da ideia de que SOMOS o que FAZEMOS, este espetáculo procura desmistificar o porquê de cada individuo estar sempre associado a um desígnio/função e promovendo a vontade e a escolha, através do brincar homenageando as profissões que caíram em desuso e promovendo o nosso património cultural e histórico.

Ainda no decorrer do mês de maio, a Companhia DA ESQUINA apresentará “EM BAIXO E EM CIMA”, no dia 14, às 21h00, espetáculo que será transmitido, simultaneamente, em direto no Ticketline Live Stage. Barrabás sempre foi vagabundo, nunca quis ser outra coisa, apenas isso. Isso e olhar as estrelas. Rostabal, esse, calcula os pormenores, as impossibilidades ínfimas. Boinas traz consigo o tempo indistinto. São três figuras em situação, três homens e uma mala, uma sucessão de tentativas falhadas, a alteridade da sua existência, a impossibilidade de sair. Os primeiros dois jogam o jogo eterno das palavras, o jogo do reconhecimento, a inevitabilidade do fim, no intuito de sobreviver, no intuito de existir. O terceiro a inevitabilidade do tempo. O espetáculo, inspirado no universo literário de Samuel Beckett, estrutura-se através desta componente trágica e da existência de personagens que jogam as suas expetativas e comportamento arbitrário na possibilidade ou impossibilidade da abertura de uma mala.

“Em baixo e em cima” (Foto: DR)

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na Ticketline, Seetickets, e locais habituais, com valores que variam entre 5 € e 7 €.

Paralelamente à atividade regular do AMAS e do festival MUSCARIUM#8, e numa altura em que se preparar a circulação nacional e internacional de várias produções teatrais da companhia, o teatromosca dá início a uma nova fase de um dos seus mais recentes projetos. Com “FABRICAR TEATRO”, pretende tratar o arquivo da companhia, entre os anos 1999, ano da sua fundação, e 2018, ano do início da gestão e programação do Auditório Municipal António Silva. Esta iniciativa, cofinanciada pelo CET – Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pela DGArtes, foca-se em resgatar, identificar, tratar e tornar acessível o acervo documental do coletivo sintrense. Procura-se criar condições para a elaboração de um estudo cada vez mais ordenado da génese teatral, de modo a permitir um mergulho mais profundo nos processos e nos contextos de fabricação do Teatro – e não apenas dos espetáculos – centrando olhares não apenas na sala de ensaios, mas também no ateliê de construção da cenografia, nos escritórios de produção, entre outras áreas e aspetos da criação e produção teatral.

Para refletir sobre a história da companhia, e a par da recolha e tratamento de materiais, serão realizadas entrevistas a profissionais envolvidos nas produções, espetadores, críticos e outros, que possuam memórias dos processos e dos espetáculos e das atividades do teatromosca. Todos os interessados em contribuir para o projeto poderão entrar em contacto através do e-mail geral@teatromosca.com ou do telefone 91 461 69 49. O arquivo do teatromosca ficará disponível para consulta online e visita presencial na sede da companhia, mediante marcação.

Fotos: DR.

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