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“Serpentina”, da pintora Adriana Molder, em exposição na Escola das Artes

“Serpentina” é o nome do mais recente trabalho artístico da pintora portuguesa Adriana Molder que estará em exposição na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto já a partir de 13 de abril. Com curadoria de Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, vão ser expostos 9 desenhos de grande escala e exibido um filme que vai ao encontro das gravuras de Israhel van Meckenem e de Mestre E. S. A inauguração está agendada para 13 de abril, às 18h30, e a entrada é livre.

Adriana Molder, pintora portuguesa premiada e com trabalhos expostos a nível nacional e internacional, caracteriza-se por comparar a criação das suas obras artísticas à forma como os realizadores de cinema preparam os seus filmes. É por isso mesmo que nas pinturas de Molder as alusões a sonhos, memórias e ilusões, assim como o mundo das sombras e fumo estão muito presentes, e os seus retratos transmitem atmosferas sombrias, onde o fantasmagórico e o cinematográfico são predominantes.  

“A nova exposição ‘Serpentina’ procura evocar a serpente musa de Anselmo, linha viva, capaz de ser qualquer forma e de provocar susto,” refere Adriana Molder. Além dos 9 desenhos, a exposição é composta por um filme que vai ao encontro das gravuras de Israhel van Meckenem e de Mestre E. S. A, figuras ímpares do período gótico europeu. 

De acordo com Adriana Molder, “Serpentina é também um filme, uma fantasia em Stop Motion com um amor particular ao cinema mudo na qual os desenhos e a minha figura se encontram e perdem de forma inusitada. Na encruzilhada de onde surgem estes desenhos – as gravuras de Israhel van Meckenem, do Mestre E. S., mas também a representação do cosmos de Hildegard von Bingen ou a figura de Salomé de Lucas Cranach -, entram agora a imagem em movimento e, ainda, esse mistério que é a música: Matteo da Perugia, Conan Osiris e a alegria do assobio.” 

Nuno Crespo, curador da exposição e diretor da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, salienta “a Escola das Artes é também um Art Center onde organizamos inúmeros momentos de cultura na cidade e as quatro exposições que realizamos anualmente são disso reflexo.” Nuno Crespo refere, também, “recebermos esta exposição em particular é um grande privilégio. A Adriana Molder é uma pintora portuguesa premiada que tem peças, por exemplo, na Coleção António Cachola, na Fundação EDP, na Fundació Sorigue, ou no Kupferstichkabinett – Staatliche Museen zu Berlin.” 

A inauguração da exposição “Serpentina” de Adriana Molder, com curadoria de Nuno Crespo, tem data marcada de inauguração dia 13 de abril, às 18h30, e estará patente até 23 de junho na Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica. Tem entrada livre e pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 19h00. 

Sobre Adriana Molder

Nascida em Lisboa, em 1975, a artista vive e trabalha Lisboa. Em 2003, recebeu o prémio revelação CELPA/Vieira da Silva e, em 2007, o Herbert Zapp Preis für Junge Kunst (Prémio Jovem Artista). Expõe regularmente desde 2002 e tem desenvolvido um corpo de trabalho de desenho e pintura, centrado essencialmente no retrato. O seu trabalho está representado em várias coleções públicas e privadas, tais como a coleção do Novo Banco, Fundação EDP, Banque Privée Edmond de Rothschild, C.A.V., Caixa Geral de Depósitos, Coleção António Cachola, Coleção Berardo, Union Fenosa e Kupferstichkabinett- Staatliche Museen zu Berlin. Das exposições individuais, destacamos: 2022, “Espelho”, Galeria 111, Lisboa, Portugal; 2021, “O Meu Rosto Está Aqui No Fogo-Fátuo”, Jardim de Inverno, Teatro São Luiz, Lisboa, Portugal; 2018, Todas as Fotografias do Ford, projeto Travessa da Ermida, Lisboa, Portugal; 2014, The Light on the Heart, Art Plural Gallery, Singapura; 2012, “A Dama Pé-de-Cabra, Paula Rego e Adriana Molder”, Casa das Histórias-Paula Rego, Cascais, Portugal; 2011, “Winter Was Hard”, Beck & Eggeling new quarters, Düsseldorf, Alemanha; 2009, “We have faces!”, DSV Kunstkontor, Stuttgart, Alemanha; 2007, “Der Traumdeuter”, Künstlerhaus Bethanien, Berlim, Alemanha; 2007 “A Madrugada de Wilhelm e Leopoldine”, Fundação Carmona e Costa, Lisboa, Portugal; 2006, “Hôtel”, Fruesorge Galerie für Zeichnung, Berlim, Alemanha; 2003, “Copycat”, Museu de Arte Sacra do Funchal, Funchal, Portugal; 2002, “Câmara de Gelo”, Sintra Museu de Arte Moderna – Coleção Berardo. Dirige, desde 2020, o projeto de exposições Galeria da Casa A.Molder. 

Foto: DR.

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