Site icon Jornal A Nação

Preços de produtos não alimentares continuam a atingir famílias portuguesas

O preço de um cabaz de produtos não alimentares subiu cerca de €4 desde o mês passado, depois de ter registado um aumento de cerca de €17 nos 4 meses anteriores, totalizando agora cerca de 184,34€, revelam cálculos do KuantoKusta à variação de preços entre 11 de maio e 22 de junho.

Após a inflação ter atingido os 8% em maio, face aos 7,2% registados em abril, – valor mais alto desde 1993 – o impacto na carteira dos portugueses continua a fazer-se sentir, não só, nos preços dos combustíveis e da energia, mas também, nos mais variados produtos de compra recorrente.

A 11 de maio, o cabaz de produtos não alimentares analisado pelo KuantoKusta custava €180,24, mais €16,95 (+10,65%) do que o seu custo a 11 de fevereiro. Hoje, o mesmo cabaz totaliza 184,34€, um aumento de €4,10 (+2,22%) face ao mês anterior.

A análise do maior comparador de preços em Portugal incluiu produtos de compra recorrente como ração animal, champô, gel de banho, desodorizante, pasta de dentes, analgésicos, espuma de barbear, protetores solar e produtos de nutrição para bebés.

Apesar do aumento de preços generalizado, Ricardo Pereira, diretor de marketing do KuantoKusta, destaca descidas de preço no último mês, em alguns produtos de saúde e higiene, como a pasta de dentes (-€0,30), o gel de banho (-0,51€) e o gel analgésico (-0,75€).

“Ainda que, globalmente, continuemos a assistir a um aumento de preços com grande impacto no bolso das famílias portuguesas, tanto as marcas, como os comerciantes, precisam de atrair clientes e contrariar este clima. Os consumidores devem estar atentos e aproveitar as reduções de preços que surjam nestes períodos”, explica Ricardo Pereira.

Entre os artigos do cabaz com as maiores subidas de preço médio entre 11 de fevereiro e 22 de junho, destacam-se:

– Lâminas de gillete para mulher, de 12,62€ para 19,46€ (+35,15%);

– Espuma de barbear, de 1,97€ para 2,90€ (+32,07%);

– Máscara para cabelo, de 6,57€ para 8,43€ (+22,06%);

– Gel de banho, de 1,99€ para 2,52€ (+21,03%).

“Estimamos que, nos próximos meses, a inflação desacelere. Com os saldos de verão à porta, e com o regresso às aulas a seguir-se, é importante dar confiança às famílias portuguesas, garantir que têm à disposição os melhores preços, e atenuar os efeitos da inflação no consumo, que acabará por afetar comerciantes e consumidores”, afirma o mesmo responsável.

O maior comparador de preços em Portugal alerta, ainda, para o aumento de preços verificado no início deste mês em produtos de venda sazonal, associados ao verão, com subidas que atingiram os 30%, entre 6 e 12 de junho.

De acordo com a análise divulgada a semana passada, os preços dos ventiladores (+29,87%), protetores solares (+11,69%), piscinas (+18,30%) e after suns (+31,81%) acompanharam o aumento da procura no mesmo período, já habitual com a chegada do verão e da subida das temperaturas.

Foto: DR.

Exit mobile version