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Portugal integra o TOP 10 dos principais produtores e exportadores de Pedra Natural

A Associação Nacional da Indústria Extrativa e Transformadora (ANIET) realizou um estudo no âmbito do SIAC (Sistema de Apoio a Ações Coletivas), de forma a sensibilizar e capacitar o tecido empresarial do setor, tendo em conta as macrotendências da procura, a influência das novas tecnologias digitais e as perspetivas de evolução dos mercados para o horizonte de 2025.

A indústria da Pedra Natural tem atualmente um papel relevante a nível global. Os processos de extração e de transformação integram, cada vez mais, tecnologias que permitem aumentar a produção, melhorar a qualidade, elevar a produtividade e diversificar produtos. Atualmente, 75% da aplicação da Pedra Natural é distribuída em obras civis (habitação, arruamentos, edifícios públicos, monumentos, esculturas e mobiliário urbano), 15% em arte funerária e 10% em aplicações diversas.

Em 2021, foram extraídos nas pedreiras e minas, em todo o mundo, cerca de 320 milhões de toneladas de rocha e transformados 153 milhões. Nestes, Portugal tem uma quota de 1,8%, ocupando a 9ª posição à escala global, demonstrando o domínio da tecnologia de extração e transformação. As exportações de Pedra Natural representam também 0,6% das exportações nacionais totais, com Portugal a ocupar o 5º lugar no ranking dos exportadores de ardósia, com quase 5% da quota do mercado mundial. Já no caso dos calcários processados é líder mundial, com uma quota de 2,6% do comércio mundial.

Feito este enquadramento, a ANIET alerta para o facto da maioria das organizações não se encontrar ainda, nos dias de hoje, familiarizada com a temática da Indústria 4.0, não possuindo internamente os recursos ou as competências necessárias para efetuar uma transição autónoma para este novo paradigma. Consciente da importância de promover a digitalização dos processos de gestão no setor que representa, a ANIET desenvolveu, recentemente, uma plataforma digital ANIETsoftGeo que é uma ferramenta de apoio à digitalização. Uma plataforma de acesso fácil e universal, concebida tendo em conta os diferentes níveis de maturidade digital das empresas do setor.

“A transformação digital que observamos nas empresas da indústria da pedra pode trazer diversos benefícios a longo prazo. Uma elevada eficiência e a capacidade de chegar a outros mercados, sem que seja necessário reduzir o número de postos de trabalho, são alguns dos principais fatores que as empresas podem conseguir. No fundo, esta é uma forma de diminuir as disparidades de evolução tecnológica e digital visíveis, neste momento, no tecido empresarial do setor”, refere a Direção da Associação.

A indústria integra, ainda, cerca de 2.200 empresas, das quais cerca de 42% são exportadoras (direta ou indiretamente), de extração e transformação, 82% das quais emprega menos de 10 trabalhadores. No que diz respeito ao volume de emprego, este alcança cerca de 13 mil trabalhadores e em 2021, registou cerca de 1.100 milhões de euros, sendo que 400 milhões correspondem a exportações.

Foto: DR.

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