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Partido Ecologista “Os Verdes” participa ativamente no Congresso dos Global Greens que terminou, hoje, na Coreia do Sul

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) esteve “amplamente empenhado” na participação no Congresso dos Global Greens, que decorreu de 8 a 11 de junho, na Coreia do Sul, na cidade de Incheon.

Os “Partidos Verdes” de todo o mundo assumiram o compromisso de unirem esforços para exigir respostas para questões emergentes.

Nesse sentido, aprovaram uma carta de princípios, onde se estabelecem compromissos, entre os quais sobre:

O discernimento ecologista

. As sociedades humanas têm de aprender a viver dentro dos limites ecológicos e dos recursos naturais do Planeta;

. É preciso proteger os elementos naturais que são suporte de todas as formas de vida: os solos, a água, o ar, a luz;

. Quando o conhecimento for insuficiente, dever-se-á aplicar o princípio da precaução, por forma a assegurar a abundância de recursos no Planeta, para as atuais e futuras gerações.

A justiça social

. Uma justa organização do mundo e uma economia mundial estável requerem o fim do vergonhoso fosso entre ricos e pobres, quer dentro dos Estados, quer entre nações, uma justa distribuição de recursos entre os países ricos e os pobres, e a libertação do fardo da dívida dos países pobres para poderem promover desenvolvimento;

. É urgente promover a erradicação da pobreza e a justiça étnica, social, económica e ambiental, assim como a iliteracia;

. Urge uma nova visão de cidadania construída com base na igualdade de direitos, sem discriminação de género, racial, étnica, de origem geográfica, religiosa, de classe, de orientação sexual, de condição económica, de condição de saúde.

A democracia participativa

. Todos os indivíduos devem ser empoderados através do acesso a toda a informação relevante para os processos de decisão, assim como ter acesso à educação configurada para incentivar a participação;

. Devem ser quebradas as desigualdades participativas sustentadas na riqueza e no poder, as quais impedem muitos cidadãos de participar;

. Todos os eleitos têm de estar comprometidos com os princípios da transparência, da verdade e da responsabilidade na governação.

A paz

. Tem de existir um conceito muito claro de segurança global, o qual dê prioridade aos aspetos económicos, sociais, ecológicos, psicológicos e culturais dos conflitos, em vez de um conceito sustentado nos balanços militares e no poder;

. O sistema de segurança global tem de ser capaz de agir por prevenção e pela resolução pacífica de conflitos;

. É fundamental prosseguir o desarmamento e banir definitivamente as armas nucleares, biológicas e químicas.

A sustentabilidade

. É determinante redefinir o conceito de riqueza, para o centrar na qualidade de vida e não na capacidade de sobreconsumo;

. A economia, ao nível mundial, deve satisfazer as necessidades de todos e não apenas a ganância de alguns, e deve permitir a satisfação das necessidades das gerações presentes, sem privar as gerações futuras de satisfazer as suas;

. O controlo do crescimento da população mundial requer segurança económica, acesso de todos à educação e a cuidados de saúde, garantindo às mulheres e aos homens um maior controlo sobre as suas opções de fertilidade.

A diversidade

. É um imperativo reconhecer os direitos dos povos indígenas, a sua sobrevivência económica e cultural, incluindo o direito à posse da terra e à autodeterminação;

. É determinante reconhecer os direitos de as minorias étnicas poderem desenvolver a sua cultura, religião e língua, sem discriminação, assim como assegurar a sua participação nos processos democráticos;

. É preciso continuar a lutar pela igualdade entre mulheres e homens em todas as esferas da vida social, económica, política e cultural.

Os “Verdes Globais” (Global Greens) assumem como prioridades da ação política: a democracia, a igualdade, as alterações climáticas e a energia, a biodiversidade, a sustentabilidade nas políticas económicas, os direitos humanos, a alimentação, a água, a produção e o consumo sustentáveis, a paz e a segurança.

“Os Verdes” portugueses (PEV) “continuarão, em Portugal, a dar voz aos princípios e às medidas necessárias para construir uma sociedade ecologista e a trabalhar em conjunto com os nossos congéneres de outros países do mundo”, refere o PEV.

Foto: PEV.

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