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“Os Verdes” denunciam “um embuste” na resposta do governo à crise “sem medidas ambientais”

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A Comissão Executiva Nacional do PEV – Partido Ecologista “Os Verdes”, reunida quarta-feira à noite, na sua sede em – Lisboa, tendo analisado as medidas apresentadas pelo Governo para fazer face à contínua subida da taxa de inflação e à crise social, ambiental e económica que se agrava de dia para dia, tornou pública a sua posição sobre as medidas anunciadas.

“As medidas apresentadas no passado dia 5 de setembro são areia para os olhos. Para além de pontuais e limitadas, constituem-se como uma manobra de ilusionismo social e económico, não dando resposta efetiva aos problemas que os portugueses enfrentam face à desvalorização dos salários e pensões, em resultado de uma inflação galopante, iniciada a partir da segunda metade de 2021, nem dão resposta à urgência de medidas de mitigação das alterações climáticas, e respetivos benefícios sociais”, refere o PEV.

“Assistimos a um aumento brutal do custo de vida, numa altura em que a taxa de inflação na UE atinge os 9%, face aos 2,2% do mesmo período do ano passado, o que se reflete numa realidade predadora e especulativa, que se traduz no empobrecimento das famílias, ao mesmo tempo que os grandes grupos da distribuição alimentar acumulam milhões de lucros, como nunca tinham arrecadado, acumulado isto só nos primeiros seis meses do ano. Só a Sonae duplicou os lucros. Na banca, os lucros dos seis maiores bancos, chegaram aos 1,3 mil milhões de euros. Nas principais empresas cotadas na bolsa, onde estão também a GALP e a EDP, os seus lucros já superam os 2,3 mil milhões de euros”, continua.

As medidas do Governo, “limitadas e ilusórias, não invertem o sentido de empobrecimento de quem trabalha e de quem depende da sua reforma, ao invés, assumem-se como medidas de proteção de grandes grupos económicos e financeiros”, acusa.

O Governo, “não taxando os sobrelucros destes grupos económicos, resolve dar ‘migalhas’, com apoios fixos aos cidadãos com rendimentos brutos mensais até 2700  euros e apoios por cada filho – apoios meramente paliativos – sem dar resposta estrutural ao grave problema associado ao aumento do custo de vida, ignorando que, depois do mês de outubro, as famílias vão continuar a deparar-se com as mesmas dificuldades, e a ver o seu poder de compra diminuído face ao agravamento da situação económica e social do país”, alerta.

A atribuição do suplemento extraordinário, em outubro, “para os reformados (metade dos valores anunciados), equivalente a meia pensão, é uma manobra de ilusão, tendo em conta que, em contrapartida, o Governo irá limitar a atualizar das reformas em 2023 e terminar com o aumento extraordinário, atribuído de há seis anos para cá, aos reformados com pensões mais baixas. Assim, é posto em causa o cumprimento da lei, a atualização do índex de apoios sociais (IAS), tendo em vista a revogação da lei para 2024 é possível antever graves prejuízos para reformados e pensionistas”, assevera o PEV.

“Exigia-se sim, uma resposta estrutural, que passasse, desde logo, pelo aumento de salários, pensões e reforço dos apoios sociais. A tendência inflacionista não pode ser combatida com o empobrecimento das pessoas, através do desacompanhamento dos rendimentos face aos valores da inflação, passando por limitar a escalada dos preços, assegurar o tabelamento dos preços dos bens essenciais e redução do IVA para 6%, fixando margens de lucros, nas taxas de juro e na energia, e definindo ainda o aumento das rendas à média dos valores registados nos últimos anos”, exige.

“Os Verdes” consideram, por isso, “que na resposta à crise que enfrentamos, é urgente avançar com o aumento do Salário Mínimo para 800€ e o aumento dos salários em geral – em 80€/mês.   Na resposta e combate à pobreza, é determinante garantir que todos conseguem o acesso a bens e serviços essenciais, como a eletricidade, o gás, os combustíveis, a habitação ou os transportes”.

“Não menos importante, no contexto atual de degradação dos serviços e na prestação de cuidados aos utentes, é a urgência de resgatar SNS – com investimento nas infraestruturas, aumentos de salários e valorização das carreiras, com mais profissionais no SNS garantindo exclusividade, qualidade no atendimento, condições dignas de trabalho por turnos, em detrimento do financiamento e favorecimento dos privados”, elenca.

“Sem uma melhoria efetiva da disponibilidade orçamental das famílias, e com a adoção de medidas que resultam numa diminuição da receita do Estado, o Governo PS anuncia ação, quando, na verdade, despoja o Estado de rendimentos, ao mesmo tempo que deixa de fora deste programa questões fundamentais como a saúde, o clima, a produção nacional ou medidas ambientais de fundo”, acusa.

Quer na resposta à crise energética, quer na resposta à inflação “as questões ambientais estão a ser remetidas para segundo plano, sendo este programa do Governo vazio de respostas que apontem caminhos para a diminuição efetiva da dependência energética, para a promoção da sua eficiência, ignorando um contexto favorável à mudança de paradigma em áreas fundamentais como o setor da energia, da mobilidade, da sustentabilidade ambiental ou da soberania e produção alimentar”, considera.

Para o PEV, “a abordagem à crise atual é indissociável do apoio à produção nacional e a uma maior autonomia/soberania alimentar, com a valorização da agricultura familiar, dos pequenos e médios produtores, numa lógica de sustentabilidade e eficiência de recursos energéticos e hídricos”.

A situação de crise ambiental e energética “obrigam a um olhar mais concreto sobre a possibilidade de se reduzir o consumo de energia e naturalmente os recursos naturais. Os Verdes têm reivindicado apoios à microprodução de energia, e numa aposta na eficiência energética dos edifícios públicos, uma resposta tão atual face aos desafios económicos e ambientais que enfrentamos”, sublinha o PEV.

O PEV “vê com grande preocupação, o agravamento dos preços da energia e a redução do poder de compra das famílias, numa altura que se aproxima o inverno. Mesmo em conjunturas mais favoráveis, há uma parte significativa de portugueses que não têm dinheiro para o aquecimento, no presente ano irá agravar-se essa vulnerabilidade”.

“O Governo de maioria PS poderia ter avançado muito mais no que diz respeito aos transportes e à mobilidade, ignora o ‘momento-chave’ que vivemos e não opta por políticas de redução do consumo e de dependência de combustíveis fósseis – com claras vantagens económicas para as famílias – que passaria pela gratuitidade e fomento da utilização dos transportes públicos e aumento da sua oferta, tal como o PEV tem vindo a propor no quadro de resposta aos desafios climáticos. Políticas e incentivos de fomento da mobilidade suave e ativa, como o reforço de apoios à compra de bicicletas, ficaram fora deste pacote de medidas”, salienta.

“Este afigura-se como o momento ideal para alterar comportamentos, para poupar energia, travando a descontrolada perda de biodiversidade – consequência da falta de medidas que combatam a poluição luminosa- o que levou a que alguns países dessem início a políticas de poupança de eletricidade nos edifícios públicos e nos monumentos a horas tardias”, aconselha o partido.

O PEV “entende que todas as medidas de redução de energia supérflua são positivas, o que não foi considerado no OE 2022, e exige medidas com vista a reduzir a produção de energia e consequentemente diminuir o valor das faturas, pelo que pequenas medidas como a redução da iluminação do espaço público, com a redução das horas de iluminação pública noturna, ou mesmo pontos de luz, seja impondo regras para a redução ou limitação da iluminação de montras, outdoors e demais fontes de iluminação supérflua devem fazer parte das soluções de um Estado comprometido com o interesse público e com o ambiente”.

“Desta forma, assistimos, mais uma vez, o PS a dar a mão aos grandes grupos económicos financeiros e a engordar os lucros das grandes empresas, sem qualquer preocupação pela exploração dos recursos naturais e da ocupação dos solos”, conclui o PEV.

Foto: DR.

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Barcelos comemora o 25 de Abril

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Depois da grande Marcha pela Liberdade, que mobilizou quatro mil alunos do concelho, amanhã é dia das comemorações solenes dos 50 anos do 25 de Abril. O feriado comemorativo da Revolução dos Cravos tem uma intensa programação ao longo de todo o dia. Logo pela manhã, às 10h00, acontece o Hastear da Bandeira, no edifício dos Paços do Concelho, seguindo-se, às 10h30, na Avenida Dr. Sidónio Pais, uma largada de Paraquedistas em Queda-Livre e, pelas 11h30, o desfile de Fanfarras e animação de rua (folclore) nas ruas do Centro Histórico.

Da parte da tarde, pelas 15h30, tem início a Sessão Solene da Assembleia Municipal de Barcelos, no auditório dos Paços do Concelho, e, pelas 18h00, no Largo da Porta Nova, arranca o concerto “Mil Vozes a Cantar Abril” com a participação de 70 grupos Corais e a Orquestra da Banda Musical de Oliveira.

Recriação Histórica e Conferência de Durão Barroso

Ainda no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, vai decorrer, no dia 27 de abril, das 16h00 às 18h00, a Recriação Histórico-Cultural do 25 de Abril com a participação dos Grupos de Teatro do concelho de Barcelos, que envolverá cerca de 150 atores.

A 28 de abril, domingo, realiza-se a Conferência “Portugal na Europa e no Mundo”, pelo ex-Comissário Europeu, Durão Barroso, com moderação de Sebastião Bugalho.

A iniciativa, que acontece no auditório dos Paços do Concelho, tem início às 21h30 e tem entrada gratuita.

Imagem: CMB.

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PSP de Coimbra apreende 518 doses de droga e mais de 9 mil euros em operação de buscas

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A PSP de Coimbra, através da Divisão Policial da Figueira da Foz, apreendeu 518 doses de estupefacientes (391 doses de cocaína, 112 de haxixe e 15 de liamba) e 9.485 euros em notas e procedeu à detenção de uma mulher, de 41 anos de idade, no decurso de duas buscas domiciliárias efetuadas, ao final da tarde de ontem, 23 de abril, nos concelhos de Montemor-o-Velho e Soure.

Durante as buscas, realizadas no âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes na cidade da Figueira da Foz, a polícia apreendeu ainda uma pistola de calibre 6,35 milímetros, com carregador e seis munições do mesmo calibre; um aerossol de defesa (gás); uma faca de abertura automática; e um telemóvel.

A mulher detida foi presente a 1º interrogatório judicial, no Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra, esta tarde, desconhecendo-se até ao momento as medidas de coação aplicadas.

Também ontem, mas em Coimbra, foi detido um homem, de 43 anos de idade, por conduzir sem habilitação legal.

O indivíduo foi abordado, pelas 21 horas, na avenida Mendes Silva, no âmbito de uma operação de fiscalização rodoviária. Quando a polícia solicitou os documentos de identificação e os da viatura, o suspeito declarou de imediato não ser titular de carta de condução.

Foto: PSP.

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Lisboa: Casal detido por Tráfico de Estupefacientes

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Investigação Criminal, no dia 19 de abril, na freguesia de São Vicente, procedeu à detenção de um homem, de 32 anos, e uma mulher, de 25 anos, por serem suspeitos da prática do crime de tráfico de estupefacientes.

Estando providos da informação criminal necessária para o combate a situações que têm afligido o sentimento de segurança das populações na zona oriental de Lisboa, os investigadores dedicaram-se à interceção de indivíduos que se encontravam a fazer entregas de produto estupefaciente nas artérias.

Nesta ação desenvolvida foi possível aos investigadores detetar um casal com movimentações suspeitas de acordo com a informação recolhida, sendo abordados e consequentemente detidos em flagrante delito.

Nesta abordagem, os investigadores viriam a apreender 888,946 doses individuais de haxixe; 36,784 doses individuais de liamba; e 1 balança com resíduos.

Os detidos foram constituídos arguidos e sujeitos a termo de identidade e residência, tendo recolhido às salas de retenção desta Polícia, até ser presente a Tribunal para 1º Interrogatório Judicial, onde lhes foi aplicada a medida de coação de apresentações periódicas.

Foto: PSP.

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