Um dos aspetos que melhor distingue a música de Beethoven é a impressão de que nunca se restringe numa função recreativa, tão-pouco no aparato do virtuosismo técnico. Apresenta-se enquanto expressão de ideais, sugerindo uma relação privilegiada com o mundo e com a posteridade. Tornou-se assim universal, de tal modo que nos é hoje possível contemplá-la com a familiaridade de uma voz sempre presente, apesar de contar mais de dois séculos de existência. Esta aura resoluta da figura de Beethoven corresponde, porém, ao período intermédio da sua carreira, que foi anunciado pela Sinfonia Heroica.
Já os seus cinco concertos para piano, permitem acompanhar o trajeto criativo que até aí o trouxe. Os primeiros três pertencem a uma fase anterior, quando as referências de Haydn e Mozart foram modelo para construir uma identidade própria. Os dois últimos espelham de forma mais evidente o ímpeto e a audácia que se tornaram a sua «imagem de marca».
Assim, a Orquestra Metropolitana de Lisboa faz apresentação integral dos Concertos para Piano de Beethoven, com Direção Musical e Piano de François Frédéric Guy, sábado, 02 de março, pelas 21h00, no CCB – Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Interpretarão:
. Concerto para Piano e Orquestra Nº 2, Op. 19
. Concerto para Piano e Orquestra Nº 3, Op. 37
. Concerto para Piano e Orquestra Nº 4, Op. 58
De igual forma, no mesmo local, ou seja, no Grande Auditório do CCB, no dia seguinte, 03 de março, pelas 17h00, interpretarão:
. Concerto para Piano e Orquestra Nº 1, Op. 15
. Concerto para Piano e Orquestra Nº 5, Op. 73, Imperador
Bilhetes à venda aqui.
Imagem: OML.