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MIRRI inaugura sede na Universidade do Minho

Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e presidente da FCT estiveram presentes. É a primeira infraestrutura europeia de investigação liderada por Portugal com estatuto legal de consórcio

O Microbial Resource Research Infrastructure – European Research Infrastructure Consortium (MIRRI-ERIC), a infraestrutura pan-europeia de investigação para a preservação, estudo, fornecimento e valorização de recursos microbianos e da biodiversidade, inaugurou, ontem, a sua sede na Universidade do Minho (UMinho), em Braga. A cerimónia contou com a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, a presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Madalena Alves, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e mais de 70 representantes dos parceiros e órgãos dirigentes do MIRRI.

Este momento segue-se à Decisão de Implementação da Comissão Europeia 2022/1204, de 16 de junho, que criou o MIRRI-ERIC. Trata-se da primeira infraestrutura europeia de investigação liderada por Portugal com estatuto legal de consórcio, após uma década de trabalho, e a 24ª na Europa. Reúne cerca de 50 Centros de Recursos Biológicos microbianos (“mBRCs”), coleções de culturas e institutos de investigação de dez países europeus. Portugal e Espanha são coanfitriões do MIRRI-ERIC, sendo que Portugal acolhe a sede social. Os outros membros fundadores são a Bélgica, a França e a Letónia. Grécia, Itália, Holanda e Polónia são potenciais membros e a Roménia é um potencial observador. Outros países e instituições estão a considerar a sua participação no consórcio.

As novas instalações do MIRRI-ERIC situam-se no edifício 3 do campus de Gualtar e representam um investimento de 90.000 euros, 85% dos quais financiados pelo programa NORTE2020, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). “A UMinho está muito satisfeita por acolher a sede de uma infraestrutura tão relevante como o MIRRI”, afirmou o reitor Rui Vieira de Castro. “Em particular, estamos muito orgulhosos de todo o trabalho realizado, em especial a Micoteca da UMinho (MUM) e seu coordenador, Nelson Lima, no desenvolvimento geral do MIRRI-ERIC e na sua instalação na nossa Universidade”.

Pela FCT, a entidade representante de Portugal no MIRRI-ERIC, Madalena Alves declarou que “é uma grande honra para Portugal acolher o MIRRI, o primeiro ERIC a ter sua sede no nosso país”. “A FCT está muito orgulhosa do seu papel neste processo, em linha com o seu trabalho de apoio às infraestruturas de investigação de interesse estratégico que sustentam os avanços científicos e tecnológicos e fortalecem o ecossistema de investigação e inovação”.

O MIRRI assiste as comunidades da biociência e da bioindústria, facilitando o acesso, através de um único ponto, à mais ampla gama de microrganismos de alta qualidade, seus derivados, dados e serviços associados, com foco especial nos domínios da Saúde e Alimentação, Agroalimentar, e Ambiente e Energia. Ao servir os seus utilizadores, ao colaborar com outras infraestruturas de investigação e ao trabalhar com agências públicas e autoridades, contribui para o avanço da investigação e da inovação nas ciências da vida e biotecnologia, bem como para a bioeconomia sustentável, competitiva e resiliente. O site oficial é www.mirri.org.

Foto: UM.

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