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Mercado imobiliário nacional tem cada vez menos casas para vender

IMOVENDO analisa mercado imobiliário, sendo que no primeiro quadrimestre do ano houve menos 6% de imóveis à venda, e a tendência vai continuar, provocando uma escalada de preços

No primeiro quadrimestre do ano, o mercado imobiliário deu sinais de escassez de imóveis para venda, em especial nas grandes cidades, demonstrando sinais de abrandamento da oferta de cerca de 6%, face ao final de 2021, o que pode provocar uma escalada de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades, é o que demonstra a análise aos primeiros meses do ano da IMOVENDO.

No passado mês de abril, havia cerca de 135 mil imóveis disponíveis para venda contra 150 mil anunciados no final de 2021. A maior queda de inventário deu-se nos apartamentos, sendo que a oferta de moradias se manteve relativamente estável durante os primeiros 4 meses do ano.

Os valores avançados pela imobiliária digital, mostram que a maioria dos negócios se situam nas áreas das grandes cidades, especialmente na grande Lisboa, e que há cada vez menos apartamentos à venda, usados ou novos.

Já do lado da venda de imóveis, o ritmo de negócios é semelhante ao de 2021, tendo sido vendidos mais de 38 mil imóveis no primeiro trimestre do ano de 2022 e cerca de 13 mil em abril de 2022, ou seja, a procura continua ativa, apesar da subida de preços e das novas condicionantes aos empréstimos habitação.

Em contraciclo, a imobiliária digital transacionou, no primeiro quadrimestre, mais de €10M em imóveis usados, representando um aumento de 60% face ao ano anterior, ao mesmo tempo permitiu aos seus clientes poupar mais de 500 mil euros em comissões imobiliárias, dado que o modelo de negócio difere da prática corrente no que toca às comissões.

“Ainda existe muita incerteza quanto a uma subida das taxas de juro, que a acontecer terá de ser ou em julho e/ou em setembro de 2022 meses em que a comissão executiva do BCE se reúne com os governadores dos bancos centrais da zona euro, mas estima-se que esse aumento se possa situar nos 25pb caso o mesmo ocorra”, explica Nélio Leão, CEO da IMOVENDO. “Embora a taxa de inflação registada seja já 4 vezes superior ao estimado no ano anterior, um aumento das taxas de juro pode levar a zona euro para uma recessão que não é desejada” termina

As expectativas relativamente à compra e venda de imóveis no mercado, para o primeiro semestre é de estabilização face ao último semestre de 2021, tanto nas zonas de Lisboa e Porto, como fora destas duas grandes áreas metropolitanas. Com base nestes números, a imobiliária espera atingir 50 milhões de euros em imóveis transacionados no primeiro semestre, em Lisboa e no Porto, ou seja, duplicando o número de imóveis transacionados quando comparado com o primeiro semestre de 2021.

“É expetável que esta incerteza, a guerra na Ucrânia e o ressurgimento de uma vaga de COVID afete a confiança dos consumidores e que se verifique um abrandamento no mercado imobiliário, sendo um mercado bastante resiliente durante os últimos 2 anos”, refere, ainda, Nélio Leão.

Foto: DR.

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