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Lisboa: Operação “Feliz Navidad” desmantela célula de carteiristas

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Investigação Criminal, levou a cabo, no dia 13 de dezembro, uma operação de combate ao furto de carteiristas onde, em flagrante delito e com Mandados de Detenção Fora de Flagrante Delito, procedeu à detenção de cinco carteiristas, quatro mulheres com idades entre os 30 e os 70 anos, e um homem com 45 anos, todos da mesma família e oriundos da América do Sul.

Este grupo de suspeitos, que atuava em bando, andava já a ser investigado desde finais de 2020, altura em que foi constatado que os furtos de carteira em supermercados, centros comerciais e outras lojas de comércio estavam a aumentar a nível nacional, estando todos eles associados a levantamentos de dinheiro e pagamentos feitos com os cartões bancários provenientes desses furtos.

O grupo atuava com grande mobilidade por todo o país, havendo registo de furtos entre Coimbra e Tavira, passando por Leiria, Abrantes, Caldas da Rainha, Alcobaça, Faro e Ilhas. No entanto, a ação do grupo centrava-se na zona de Lisboa e arredores, como Amadora, Cascais, Loures, Seixal, Barreiro e Montijo.

E foi precisamente com um furto ocorrido num supermercado no concelho da Amadora que se iniciaram as investigações, que foram dirigidas pela 2ª Secção do DIAP da Amadora, a quem a PSP apresentou o caso e, que culminaram agora no desmantelamento deste bando.

Os Polícias reuniram informação ao longo do último ano, que permite indiciar o bando em 30 furtos de carteira e 13 burlas informáticas (levantamentos de dinheiro e pagamentos com os cartões furtados) sendo que, com estes furtos e burlas causaram um prejuízo total às vítimas de cerca de 21.500 euros.

Este bando era constituído por suspeitos da mesma estrutura familiar, a qual era liderada pela mulher mais velha que, com 70 anos, dirigia as suas filhas, filho e netas a partir da base da família que residia na zona de Palmela. Além dos cinco carteiristas agora detidos, estão indiciados mais dois, igualmente da mesma família.

Assim, na passada segunda-feira, a PSP na posse de Mandados de Detenção Fora de Flagrante Delito emitidos em nome de três carteiristas, montou uma operação com vista a localizar e deter os visados, vindo três mulheres do grupo a ser localizadas na zona do Seixal.

Com esta ação operacional, os Polícias surpreenderam o bando em plena atividade criminal no momento em que as três mulheres, após furtarem uma carteira a uma cliente idosa no interior de um estabelecimento comercial, deslocaram-se a um ATM onde, com o cartão da idosa, levantaram 400 euros em dois levantamentos, fugindo do local com uma viatura e acabaram por ser detidas, em segurança, já na zona da Costa da Caparica.

No momento da detenção, os Polícias apreenderam o telemóvel e o cartão bancário furtados momentos antes, bem como todo o dinheiro proveniente do furto e dos levantamentos bancários que foram entregues à vítima. Foi ainda possível recuperar a carteira da idosa deitada fora pelas carteiristas logo após do furto.

Mais tarde, e no seguimento da operação para neutralização do bando, os Polícias, na posse dos Mandados de Detenção, procederam à detenção, desta vez fora de flagrante delito, de outros dois suspeitos visados no inquérito, o homem na Costa da Caparica e outra mulher, na Sobreda da Caparica.

Com estas cinco detenções, três em flagrante delito e duas em cumprimento de mandados de detenção fora de flagrante delito, a PSP desmantelou esta rede familiar e criminosa que operava em bando e de forma ativa em todo o território nacional.

A Operação foi batizada como “Feliz Navidad” devido à quadra que atravessamos e como meio da PSP garantir uma maior segurança a toda a população que, nesta altura do ano, se movimenta por centros comerciais, supermercados e comércio em geral e que assim, com esta ação policial, se granjeia e almeja maior segurança.

O Juiz de Instrução Criminal da Amadora, a quem os cinco detidos foram presentes para primeiro interrogatório, decretou que quatro ficassem a aguardar julgamento em prisão preventiva e uma quinta ficasse sujeita a apresentações periódicas às autoridades.

Foto: DR.

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