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Lisboa: Detenção de carteirista no âmbito da operação “Perdeu”

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Investigação Criminal, no 12 de setembro, procedeu à detenção de um homem, carteirista, com 71 anos de idade, por ser suspeito da prática de 10 furtos qualificados, cometidos nos autocarros, elétricos e comboios, por todo território nacional.

Foi investigado em 2019, pelo mesmo tipo de crime, pelos quais foi condenado a 1 ano e 2 meses de prisão suspensos por igual período. Também detido na cidade Porto por crimes de igual natureza.

A presente investigação teve o seu início em julho, altura em que os investigadores se aperceberam que o detido havia regressado à cidade de Lisboa e Porto e aos furtos no interior dos autocarros, elétricos e comboios. O detido fazia-se valer da sua idade avançada e da sua dupla nacionalidade para passar despercebido entre as vítimas e deslocar-se confortavelmente entre os países da Europa para praticar furtos (com referências criminais homólogas em vários países).

Agia de maneira concertada, que consistia em selecionar as vítimas, que passeavam e viajavam descontraidamente nos transportes de Lisboa e do Porto, seguindo-as e, de seguida, furtando-lhes os seus pertences com grande arte e astúcia de anos de saber criminal adquirido.

Assim, os Polícias da Equipa da PSP, especialmente criada e especializada para estes fenómenos itinerantes, no âmbito da operação de reforço do controlo e vigilância a este tipo de fenómeno em Lisboa, através de um ação concertada e da distribuição de vários investigadores, especializados neste tipo de crime, procedeu à detenção do arguido, em flagrante delito, no interior do elétrico 15, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, após ter furtado do interior do bolso dos calções de um turista escocês a sua carteira, com dinheiro e todos os seus documentos, pertences estes recuperados e devolvidos ao seu proprietário.

Efetuada busca domiciliária ao quarto da pensão onde o detido pernoitava, foram ainda apreendidos 1490 euros, 2 telemóveis que tinham sido furtados (um deles na Comarca do Porto, no Metro) e foram restituídos aos seus proprietários, artigos em ouro no valor de 4500 euros, comprados com cartões bancários furtados às vítimas, informação esta que ainda poderá relacionar o arguido a outros crimes.

Entretanto movidas as pertinentes diligências processuais e cautelares de investigação, foi possível correlacioná-lo com mais 10 furtos qualificados com prova consistente e sedimentada da sua autoria. A sua atividade desde junho rendeu-lhe cerca de 10.000 euros de proveitos ilícitos.

O Juiz de Instrução Criminal de Lisboa, a quem o detido foi presente para primeiro interrogatório, decretou que ficasse a aguardar julgamento em Prisão Preventiva.

Foto: DR.

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