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“Feel the Power” no Beach Pro Tour Challenge de Espinho de voleibol de praia

São 26 (em femininos) e 24 (em masculinos) os países que estarão representados no FIVB Beach Pro Tour Challenge de Espinho, que se realiza de 13 a 16 de julho na famosa Praia da Baía, em Espinho. Após ter acolhido durante décadas, e mais recentemente em 2018, 2019 e 2022, etapas do Circuito Mundial de Voleibol de Praia (FIVB Beach Volleyball World Tour), a cidade de Espinho mantém-se na rota dos melhores atletas mundiais de Voleibol de Praia.

Este ano, o maior contingente de atletas é oriundo das Américas, mais concretamente dos Estados Unidos (11 duplas) e do Brasil (10).

As duplas brasileiras são tradicionalmente fortes e, no Challenge de Espinho, algumas aparecem como naturais favoritas a ocupar os lugares cimeiros, como é o caso de George/André, 5ª classificada nas finais de Doha, Catar, no Circuito Mundial de 2022, e que chega a Portugal com um 3º lugar no BTP Elite 16 de Gstaad (Suíça) e um 2º lugar no Challenge de Jurmala (Letónia) nas duas últimas provas em que participou este ano, para além da vitória no Circuito Sul-Americano de Vólei de Praia (CSVP).

Também os seus compatriotas Pedro Solberg e Guto terão uma palavra a dizer, depois de terem ocupado o 5º posto classificativo em Gstaad.

Na armada europeia, destaque para a dupla italiana Cottafava/Nicolai, medalha de bronze nas finais de Doha, e para a espanhola Herrera/Gavina, que este ano já venceu o Challenge de La Paz, no México.

Portugal participa com João Pedrosa/Hugo Campos – no Quadro Principal – e com Guilherme Maia/Filipe Leite e Sebastião Alves/José Pedro Monteiro, na Fase de Qualificação.

Campeões mundiais universitários e campeões nacionais em título, João Pedrosa e Hugo Campos, orientados por Leonel Gomes, têm como melhor classificação de sempre em etapas da categoria Challenge do Circuito Mundial o 4º lugar no Beach Pro Tour Challenge de Torquay.

“Sabemos que o nível vai estar muito, muito alto. Acho que relativamente aos últimos anos, o nível desta edição vai ser o melhor. Obviamente, isso é ótimo para o torneio e é ótimo para nós, que queremos lutar contra os melhores. Estamos muito confiantes no nosso jogo, pois sentimos que estamos a evoluir, de treino para treino, de semana a semana, e acho que isso é o mais importante. Se conseguirmos pôr em prática o nosso jogo na sexta-feira, temos hipótese de sair com uma ou duas vitórias da fase de grupos. Estou bastante ansioso que chegue o dia do torneio porque representar Portugal e ter a família e os amigos na bancada a apoiar-nos é sempre motivo de orgulho”, refere João Pedrosa, com Hugo Campos a salientar: “No Challenge de Espinho estamos a jogar em casa. É uma pressão e maior responsabilidade, mas também é um conforto podermos jogar perante as pessoas que mais gostamos. Estamos muito ansiosos por entrar em competição e, embora estejamos conscientes de que que vai ser muito complicado tendo em conta o nível das duplas participantes, contamos com o apoio do nosso público, da nossa família e amigos. Por isso, acreditamos que, dando sempre o nosso melhor, é possível causarmos alguma surpresa“.

Guilherme Maia e Filipe Leite, que têm ambos 21 anos e são os atuais vice-campeões nacionais de seniores, classificaram-se no 3º lugar na Pool G da Taça das Nações disputada este ano.

Em 2018 (Brno) e 2019 (Baden), a dupla disputou o Campeonato da Europa de Sub-18, tendo-se classificado, respetivamente, em 17º e 9º lugar.

Na sua estreia a nível do Circuito Mundial de Voleibol de Praia (Beach Volley World Tour), que ocorreu em agosto de 2020, Guilherme, filho de Miguel Maia, e Filipe classificaram-se no 21º lugar no Open de Montpellier.

Seguiram-se as participações no Campeonato da Europa de Sub-20 em 2020 (Brno) e 2021 (Izmir), onde se classificaram, respetivamente, no 17º e no 9º lugar.

Em 2021, a dupla participou no Campeonato do Mundo de Sub-21, tendo-se classificado no 17º lugar.

Em 2022, disputaram Campeonato da Europa de Sub-22 (9.º lugar), o Beach Pro Tour Futures de Cortegaça (13º), os Mundiais Universitários em Maceió, Brasil (13º), sagrando-se vice-campeões nacionais no Campeonato Lidl.

Em termos globais, esta será a 18ª edição da etapa espinhense de masculinos.

Em femininos, o destaque vai para as experientes brasileiras Carolina Solberg Salgado – irmã de Pedro Solberg – e Bárbara Seixas de Freitas, que este ano venceram o Circuito Sul-Americano de Vólei de Praia (CSVP) e se classificaram em 2º lugar no BPT Challenge Itapema (Brasil) e em 5º lugar no BPT Elite16 Gstaad (Suíça), no BPT Elite16 Uberlândia (Brasil) e no BPT Elite16 Tepic (México), e para as veteranas Agatha Bednarczuk, de 40 anos, e Rebecca Silva, de 30, que este ano participaram em duas provas: o BPT Elite16 Gstaad (Suíça) e o BPT Elite16 Ostrava (Chéquia) , classificando-se, respetivamente, em 9º e 13º lugar, e para as chinesas Chen Xue e Xinyi Xia, que, este ano, venceram o BPT Challenge Itapema (Brasil) e os Campeonatos Asiáticos (China).

Isto sem esquecer as italianas brasileiras Tainá Bigi e Victoria Tosta, 4º lugar no BPT Challenge Jurmala (Lituânia), 2º lugar no BPT Challenge Saquarema (Brasil) e 3º lugar no Circuito Sul-Americano de Vólei de Praia (CSVP), e mesmo as espanholas Liliana Steiner e Paula Soria Gutiérrez, apesar destas iniciarem a competição na Fase de Qualificação.

Portugal participa com Beatriz Pinheiro/Inês Castro (Quadro Principal) e Inês Vasco/Eunice Xavier e Gabriela Coelho/Mariana Maia (Fase de Qualificação).

Beatriz Pinheiro/Inês Castro, dupla campeã nacional em título, classificou-se em 5º lugar no Beach Pro Tour Futures de Messina, em Messina, Itália. Na primeira etapa do BPT que disputaram este ano, o Beach Pro Tour Futures Madrid (Espanha), Beatriz e Inês classificaram-se no 9º lugar. Seguidamente, participaram na Pool E da Taça das Nações, no Karteros Beach Sport Center da cidade grega de Heraklion, tendo ficado no 3º lugar. No Futures de Lecce (Itália), as portuguesas alcançaram o 13º lugar.

Ricardo Rocha, Selecionador Nacional de Femininos, salienta: “Em relação à Beatriz e à Inês, que vão disputar o Quadro Principal, estamos a atravessar um momento um bocadinho estranho, em que nas competições fora do País, sobretudo no Circuito Mundial, temos estado relativamente bem. Vimos de um bom resultado [5º lugar] em Messina (Itália) e estávamos motivadíssimos para a etapa do Campeonato Nacional que se disputou no fim-de-semana em Espinho e a competição não nos correu como esperávamos [3º lugar]. Sabemos que, este ano, o Challenge está ainda mais difícil, com duplas teoricamente mais fortes do que as do ano passado, mas vamos tentar manter o nível que temos apresentado no Beach Pro Tour e se conseguíssemos repetir a classificação da última edição [17º], seria um bom torneio para nós. É a primeira vez que vamos disputar um Challenge este ano e por isso queremos mostrar o nosso Voleibol.”

Por seu turno, as campeãs nacionais referem: “Estamos muito contentes por ter a oportunidade de jogar um Challenge, especialmente este, em Espinho, por ser em casa. Sabemos que vamos ter dificuldades, porque vamos encontrar equipas com muita qualidade, no entanto, vamos dar o nosso melhor e estamos motivadas porque sabemos que vamos contar o apoio do público, que o ano passado foi a chave para a vitória que rubricámos nesta mesma competição. Em termos de objetivos, gostávamos de pelo menos repetir a classificação do ano anterior, mesmo sabendo que o nível está bastante elevado. Sentimos sempre um enorme orgulho em podermos representar o nosso País em qualquer tipo de competição e em especial num Challenge realizado em casa. É verdade que, tal como no ano passado, contamos com um quadro muito forte, com duplas que jogam num nível de Elite. Sabemos que vamos ter mais dificuldades, mas e apesar de só termos participado em etapas Futures do Circuito Mundial, sentimo-nos mais fortes e vamos dar o nosso melhor para que consigamos fazer uma boa etapa“.

Em termos globais, esta será a 13ª edição da etapa espinhense de femininos. 

A Federação Portuguesa de Voleibol continua assim a enriquecer o longo historial do País na organização de importantes competições internacionais, seja do World Tour, seja de campeonatos europeus e mundiais de camadas mais jovens.

A competição

Duplas por género no Quadro Principal: 24 de femininos e 24 de masculinos.

Torneio de qualificação: até 32 duplas.

1ª Ronda: Seis grupos de quatro duplas cada.

2ª Ronda: Eliminatória simples.

Total de jogos por género: 40.

Duração: 4 dias.

Prémio a distribuir: 150.000 dólares (75.000 por género)

As meias-finais e finais serão disputadas no domingo:

9h00 – 1ª Meia-final de Femininos

10h00 – 2ª Meia-final de Femininos

11h30 – 1ª Meia-final de Masculinos

12h30 – 2ª Meia-final de Masculinos

14h00 – 3º e 4º lugares de Femininos

15h00 – Final Femininos

16h30 – 3º e 4º lugares de Masculinos

17h30 – Final de Masculinos

18h30 – Cerimónia de entrega dos prémios.

Imagem: DR.

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