Num Dakar onde estava a fazer a sua estreia nas quatro rodas, composto por momentos melhores e outros menos felizes, tudo fazia indicar que o “Estrelinha” iria, ontem, averbar a sua 10ª vitória em etapas do Dakar quando, a pouco menos de 40 km para o final da etapa, dispunha de 1m25s de vantagem para o 2º classificado, na 13ª e penúltima etapa que ligava Shaybah a Al-Hofuf. Um setor seletivo todo ele feito nas dunas, o tipo de terreno onde o piloto já tinha evidenciado um andamento de excelência, como, aliás, acontecia anos atrás nas motos, mas, ingloriamente, com uma parte final que correu menos bem
“Hoje [Ndr: ontem] foi um dia em que conseguimos andar ao nosso ritmo e liderámos até 30 km do final. Aí, o Gonçalo encontrou o wpm facilmente, mas eu segui o cap mal. São situações de corrida que acontecem. Faltam-nos corridas para estarmos ao mais alto nível. Foram 5 anos sem competição. Há 8 meses, eu era manager na Honda e o Gonçalo era piloto de motas. Acho que estamos no bom caminho, mas necessitamos de mais corridas e tempo para estarmos, todos os dias, no topo”, revelou Hélder Rodrigues no final da etapa.
Hoje, dia 15 de janeiro, a dupla Hélder Rodrigues/Gonçalo Reis, bem como a restante comitiva, disputou a 14ª e última etapa do Rally Dakar 2023, que ligou Al-Hofuf a Dammam ao longo de 136 km cronometrados. Por diversas vezes, o Dakar começou com uma jornada em torno da Costa do Mar Vermelho, incluindo na edição de 2023, que chegou ao fim nas margens do Golfo Arábico. Esta foi uma especial de praia invulgarmente rápida com pouco ou nenhum espaço para grandes mudanças na classificação. Os concorrentes só precisavam de terminar a etapa para se juntarem às celebrações no pódio em frente ao mar.
Ainda estamos a recolher informações sobre a prestação desta dupla portuguesa.
Foto: DR.