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Contrato para construção de seis novos NPO representa “dia histórico” para a construção naval e para Viana do Castelo

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou, ontem, presença na cerimónia de assinatura do contrato que prevê a construção de seis novos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa na West Sea. O autarca vianense garante que “hoje é um dia histórico para a engenharia portuguesa, para a indústria nacional, em particular para a construção naval e para a West Sea, para a Marinha e para Viana do Castelo.”

“Com a celebração deste contrato, assinala-se a competência histórica de Viana do Castelo na construção naval e, em simultâneo, posicionamo-nos para o futuro como o único cluster, no domínio da construção naval militar, em Portugal”, assegura Luís Nobre.

Por isso mesmo, o autarca agradece “ao Governo, à Marinha e a West Sea, pelo empenho na concretização da assinatura do contrato para construção dos 6 novos navios patrulha oceânicos, NPO”s de 3ª geração”.

Esta sexta-feira, na cerimónia, que aconteceu nas instalações centrais da Marinha, em Lisboa, o Chefe do Estado-Maior da Armada destacou o valor estratégico dos patrulhas oceânicos que serão construídos com capacidades tecnológicas avançadas e serão adicionados à frota entre 2027 e 2030.

Este será um investimento de cerca de 300 milhões de euros, previsto na Lei de Programação Militar, e é considerado imprescindível para a proteção das águas portuguesas.

Gouveia e Melo referiu que os seis novos NPO vão ter capacidades tecnológicas avançadas, incluindo um desenho modular e adaptativo que transformou o navio tipicamente de fiscalização numa unidade combatente que será útil no inventário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e reforçará o valor militar da Marinha portuguesa no seio da Aliança.

Estes seis navios a serem construídos em Viana do Castelo vão contar com propulsão totalmente elétrica e novos sensores na área de radares e capacidade de operação de veículos autónomos, podendo desempenhar funções na guerra de minas e de vigilância antissubmarina, referiu ainda o CEMA.

Os navios terão ainda capacidade de transporte de pessoal e projeção de forças, a possibilidade de serem uma plataforma para lançar raides anfíbios com fuzileiros em costa aberta, sonares ativos de baixa frequência, para além de manterem as funções tradicionais de vigilância, busca e salvamento marítimos.

Na cerimónia, o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Pires, assegurou que estes navios visam preparar a Marinha e o país para os desafios para o futuro próximo, marcado pela incerteza e imprevisibilidade.

Foto: CMVC.

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