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Compras de viaturas por empresas de rent-a-car crescem no mês de dezembro de 2022

Em Portugal, foram vendidos em 2022 185.291 veículos novos, dos quais 156.250 unidades referem-se a veículos ligeiros de passageiros (+ 6,6% face a 2021), 23.541 ligeiros de mercadorias (- 6,6% face a 2021), 585 pesados de mercadorias (+ 77,3% face a 2021) e 21 pesados de passageiros (- 81,6% face a 2021).

O mercado português de veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros encerrou o mês de dezembro com um volume de vendas de 179.791 unidades, registando um crescimento de 11,7% face mês homólogo do ano anterior, segundo elementos fornecidos pela ACAP.

No canal de rent-a-car, as aquisições de ligeiros de passageiros novos atingiram as 35.926 unidades.

No que respeita a veículos novos, o conjunto das empresas associadas da ARAC que se dedicam à atividade de aluguer de curta duração (veículos ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros, motos e pesados de mercadorias) adquiriram, no mês de dezembro, um total de 4.192 veículos face aos 1.081 adquiridos em período homólogo do ano anterior.

Verificou-se, ao longo de todo o ano que agora finda. um ligeiro crescimento do número de viaturas adquiridas pelas empresas de rent-a-car e rent-a-cargo face ao ano anterior, com os ligeiros de passageiros a registarem um crescimento de 6% face ao ano de 2021 e os ligeiros de mercadorias a caírem 2% face ao ano anterior.

Apesar da tímida recuperação, o número de veículos adquiridos está longe dos registados em 2019 (ano pré-crise pandémica). em que foram adquiridos 64.907 veículos ligeiros de passageiros e 5.498 veículos ligeiros de mercadorias.

As cadeias de produção dos construtores de veículos automóveis continuam longe dos níveis pré-pandemia, pois as fábricas continuam a ter falta de semicondutores para incorporação nos veículos, existindo atualmente milhares de automóveis produzidos parqueados á espera do fornecimento de semicondutores para que se proceda á entrega dos mesmos, desconhecendo-se a data em que a situação será normalizada.

No que respeita às zonas do país mais afetadas pela falta de veículos, dir-se-á que os Açores e Madeira lideram a escassez de viaturas disponíveis, seguindo-se o Algarve, Porto e Lisboa, as quais, como é sabido, são zonas de forte impacto turístico.

Refira-se, por fim, que a escassez de viaturas de rent-a-car e rent-a-cargo está a ter uma influência determinante na oferta de viaturas de ocasião para venda, os chamados veículos seminovos, os quais que, como é sabido, são maioritariamente provenientes da renovação das frotas de rent-a-car e rent-a-cargo.

Na composição das aquisições referidas, prevalecem (á semelhança do mercado nacional de um modo geral) os segmentos A, B e C representaram em julho a maioria das aquisições efetuadas pelas empresas de rent-a-car.

O rent-a-car é um setor decisivo para a modernização do parque automóvel nacional através da colocação após a utilização dos veículos no comércio, de um número significativo de veículos de ocasião (os chamados veículos seminovos), substituindo-se assim veículos antigos por veículos recentes e com motores mais eficientes e amigos do ambiente a preços mais convidativos para o público em geral.

No que respeita á ação climática merece realce todo o contributo das empresas de locação de meios de mobilidade sem condutor para o combate à emissão de gases com efeito de estufa.

Ao nível da locação de veículos sem condutor, há muito que o setor se propôs contribuir para a redução das emissões de carbono, com o objetivo final de atingir as zero emissões.

Para o efeito, as empresas de aluguer de veículos sem condutor têm vindo a substituir a frota de veículos ligeiros de passageiros e ligeiros de mercadorias a combustão por veículos elétricos ou híbridos, com o abandono da aquisição (sempre que tal é possível) de veículos a combustão, tendo a frota eletrificada adquirida em 2022 representado cerca 35% do total de unidades compradas.

“Temos a convicção de que o rent-a-car será, neste século, o porta-estandarte da descarbonização da mobilidade automóvel e da racionalização do número de veículos em circulação, nomeadamente através da alteração do paradigma da propriedade pelo da utilização e à semelhança do que aconteceu no início do século passado com a substituição dos veículos de tração animal pelos veículos motorizados, o rent-a-car, será mais uma vez, o motor da transformação da mobilidade”, salienta a ARAC.

O Turismo é, atualmente, o maior mercado das empresas de rent-a-car, representando cerca de 60% do seu volume de negócios. A atividade de aluguer de viaturas em regime de curta duração constituiu uma importante componente da Economia Nacional, com especial destaque para o Turismo.

A ARAC representa cerca de 96% das empresas de aluguer de curta duração a operar de forma legal em Portugal.

Foto: DR.

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