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Braga recebe congresso sobre digitalização da indústria da construção

O 4º Congresso Português de Building Information Modelling (ptBIM) decorre de 4 a 6 de maio, no Espaço Vita, em Braga, com mais de 250 participantes e 99 comunicações. A organização local cabe às Escolas de Engenharia e de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, com o apoio das universidades do Porto e de Lisboa. A meta é debater, divulgar e adequar diretrizes sobre construção virtual, em especial nos países lusófonos, que vão estar bem representados no evento.

A sessão de abertura realiza-se no dia 4, às 9h00, com intervenções previstas do reitor da Universidade do Minho (UMinho), Rui Vieira de Castro, do vereador do Urbanismo de Braga, João Rodrigues, dos diretores da Região Norte da Ordens dos Arquitetos e dos Engenheiros, respetivamente, Conceição Melo e Bento Aires, e do coordenador do congresso, Miguel Azenha.

O programa inclui sessões plenárias e paralelas, seminários, reuniões e um prémio a melhor tese de mestrado na área, entre outros. Os oradores principais são o norte-americano Patrick MacLeamy (BuildingSMART International), a canadiana Susan Keenliside (House of Commons), o francês Christophe Castaign (European Federation of Consulting Associations), o esloveno Veljko Janjic (Bexel Consulting) e o português Décio Ferreira (Foster+Partners). As inscrições estão abertas em www.ptbim.org. Neste site também se pode ver, por curiosidade, a representação 3D ou BIM dos espaços do congresso.

Ver além das paredes

“Até aqui fazíamos desenhos para construir casas, pontes e outros edifícios, mas a tendência internacional é fazê-lo através de modelos, navegáveis por realidade virtual, onde se vê muito além das paredes, como as redes hidráulicas e até as propriedades dos materiais. Esses benefícios vão reduzir muitas despesas de mau planeamento, aproximar os vários envolvidos na obra e permitir edifícios mais sustentáveis na certificação energética, no conforto e na segurança”, resume o professor Miguel Azenha, que está ligado ao Departamento de Engenharia Civil da UMinho e ao centro de investigação ISISE.

“O método BIM é colaborativo, baseado num modelo digital que integra a informação de formas que eram impensáveis até há alguns anos e a sua utilidade na arquitetura/construção exprime-se de muitas maneiras”, frisa. No entanto, acrescenta, “há desafios importantes para os profissionais, pois exige novos modos de trabalhar e colaborar, obrigando a um processo de aprendizagem; e há também um conjunto de novas normas, como a ISO19650, às quais o tecido empresarial do setor se está a adaptar”.

Foto: UMinho.

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